segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ESP-MG instala software para deficientes visuais

Postada por: leticia.orlandi, em: 18 de agosto de 2011 às 4:24
Laboratórios de informática da Escola poderão receber alunos com deficiência visual.

Laboratórios de informática da Escola poderão receber alunos com deficiência visual.

Imagine um computador em perfeito funcionamento, com a exceção do monitor, que está desligado. Impossível trabalhar assim? Esse era o principal empecilho que um deficiente visual tinha para operar a máquina, mas a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), busca soluções de acessibilidade para facilitar a participação de portadores de necessidades especiais nos cursos oferecidos pela instituição. A Escola, que em 2011 qualificou mais de 20 mil profissionais de saúde apenas no primeiro semestre, instalou em seus laboratórios de informática o Leitor de Tela NVDA, programa completamente gratuito, que “conta” para o usuário tudo o que aparece no monitor do computador.
“O software tem um acelerador de vídeo e, na medida em que o deficiente visual movimenta o cursor pela tela, ele capta a informação e a traduz, por meio de som”, explica Herivelton Ferraz, funcionário do setor de Gestão de Tecnologia da Informação. Ele também é deficiente visual, ingressou na ESP-MG após concurso público, em dezembro de 2010, e desde fevereiro deste ano é responsável por implantar melhorias no sistema para aumentar acessibilidade. “Estamos nos antecipando e somos o primeiro órgão público de Minas Gerais a investir em tecnologia assistiva de forma preventiva, ou seja, estamos nos antecipando e abrindo a possibilidade para futuras inscrições de alunos com esse tipo de deficiência”, explica o funcionário.
Herilvelton destaca também que já estão sendo estudadas soluções para deficientes auditivos, já que parte deles apresenta dificuldades com a língua portuguesa, tendo em vista as diferenças no uso da norma culta do idioma e a Libras (Linguagem Brasileira de Sinais).
Saiba mais
Tecnologia Assistiva é um termo utilizado para identificar todo os recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover uma vida mais independente. No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas – CAT, instituído pela Portaria nº 142, de 16 de novembro de 2006, propõe que a “Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social”.
Autor: Matheus Henriques

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