segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dia 21 de setembro: luta das pessoas com deficiência completa 29 anos

 
A falta de conscientização da sociedade faz com que os aproximadamente 10% da população enfrente uma luta constante em busca de acessibilidade e inclusão social. Em 1982, várias entidades reunidas criaram o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, que foi instituído oficialmente pela Lei 11.133 (de julho de 2005), e que representa a luta de milhões de pessoas por igualdade de condições.
Conhecendo estas dificuldades, a Laramara - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual apoia e promove a inclusão social efetiva da pessoa com deficiência visual (crianças, jovens e adultos). Sua filosofia é sustentada pela crença no potencial humano e no direito às oportunidades para seu desenvolvimento integral.
Foi fundada em 7 de setembro de 1991, pelo casal Victor e Mara Siaulys – pais de uma garota cega – e por um grupo de profissionais atuantes na área, com a intenção de dar oportunidade de educação a muitas crianças e compartilhar experiência com as famílias.
Desde o início o foco do trabalho institucional não foi apenas o atendimento individual da criança, como usualmente se fazia, mas sua educação e inclusão num trabalho que inclui família, escola e comunidade.
A instituição, que completa 20 anos em setembro, presta serviços de caráter socioassistencial, atendendo à seguinte tipificação: atendimento, assessoramento e defesa e garantia de direitos. As ações desenvolvidas estão estruturadas em serviços, programas e projetos e incluem: avaliação das necessidades específicas, atenção oftalmológica especializada, atenção educacional especializada – como complementação à educação regular -, apoio e suporte à inclusão escolar, no trabalho e social das pessoas com deficiência visual, formação de educadores e outros profissionais da área., desenvolvimento de tecnologias de acessibilidade de baixo e alto custo, publicações técnico-científicas, etc.
O Centro de Atenção à Pessoa com Deficiência Visual desenvolve um trabalho em parceria com a família, escola, empresas e comunidade e está dividido em dois setores, de acordo com as demandas de cada faixa etária, a saber:
- Programa de Atendimento à Criança e Adolescente (CTO) – de zero a 20 anos.
- Programa de Atendimento ao Jovem e Adulto (PROCEJA) – a partir de 15 anos.

Laramara dispõe de uma área de 10.000 m2 distribuídos em cinco prédios, sendo dois deles dedicados às Unidades de Negócios (que colaboram para a sustentabilidade da instituição). A concepção arquitetônica foi baseada nas necessidades específicas das pessoas com cegueira, baixa visão e outras deficiências.
Desde sua fundação até os dias de hoje, atendeu cerca de 9.000 famílias vindas de todo o Brasil e do exterior e tem 600 crianças, jovens e adultos integrados em algum tipo de programa ou serviço, realizando 150 avaliações e 2.500 atendimentos mensais. Possui 300 funcionários

sábado, 17 de setembro de 2011

Seminário discute ensino para estudantes com deficiência visual

Nos dias 21 e 22 de setembro, acontece no teatro do Centro Universitário de Cultura e Arte, em Feira de Santana, o IV Seminário Feirense sobre a Educação e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência Visual. Realizado pelo Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual, ligado à Secretaria da Educação do Estado da Bahia, o evento vai discutir alternativas para assegurar que os estudantes com deficiência visual possam ter suas especificidades atendidas e seus direitos respeitados no processo educacional e social.
Entre os temas programados para debate pelo centro, que trabalha especialmente com a formação continuada de professores, estão: ações e desafios da educação especial na perspectiva da educação inclusiva, a empregabilidade das pessoas com deficiência visual: desafios e conquistas, a participação das mães na inclusão das crianças com deficiência visual e a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência. O evento está dividido em palestras, mesas-redondas, debates e apresentações culturais.
“Os temas são voltados para a inclusão das pessoas com deficiência visual, tanto nas escolas como nas famílias. É preciso consolidar esta discussão com a participação de professores, familiares e da comunidade de uma forma geral para que as pessoas com esta deficiência possam se sentir incluídas nos diversos espaços”, diz João Prazeres, coordenador de Educação Especial da Secretaria da Educação do Estado.
As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas. Os interessados devem realizar a inscrição no Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual, da Fundação Jonathas Telles de Carvalho, na Av. Eduardo Fróes da Mota, no bairro de Santa Mônica. As inscrições também podem ser realizadas pelo e-mail cadvfeira@gmail.com, sujeito a confirmação da vaga. Outras informações também podem ser encontradas no site www.capdvfsa.blogspot.com ou no telefone (75) 3625-7755

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Deficiente visual defende o uso de tecnologia biônica como em Deus Ex

 
Uma característica interessante do novo jogo Deus Ex: Human Revolution é o ambiente cyberpunk, que mostra pessoas que usam implantes cibernéticos e que não possuem necessariamente uma vida feliz. Mas os implantes dos personagens de Deus Ex podem existir na vida real? Na opinião de Rob Spence, de certa forma sim.
Rob Spence e seu olho biônico (Foto: Divulgação)Rob Spence e seu olho biônico (Foto: Divulgação)
Spence não diz isso apenas por dizer. Ele tem uma espécie de “olho biônico” ou melhor, uma câmera instalada em seu olho direito, que perdeu em um acidente quando era criança. Então, aproveitando o lançamento do jogo, a Square Enix produziu um documentário com Spence, que compara a ficção de seu jogo com a realidade, o que de fato é bem interessante.
Será que algum dia, a tecnologia biônica será como a que vemos em Deus Ex? Spence acredita que as pessoas estão começando a pensar dessa forma, pois o avanço está acontecendo bem depressa. Como prova, ele cita o seu olho biônico, que grava imagens do mundo ao seu redor.
Na opinião de Spence, a humanidade já está no caminho da evolução através da tecnologia e da ciência. O aumento dessa evolução mostra a diferença entre nós e os nossos ancestrais. E mesmo assim, a humanidade não perderá sua identidade com toda essa tecnologia. Ela apenas evoluirá mais depressa.

Via Eurogamer

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

linda história de superação de Naiara, pessoa com deficiência visual

Naiara Fontenelle e seu esposo
Caro leitor,
Veja a linda história de superação de Naiara, pessoa com deficiência visual.
“Meu nome é Naiara da Silva Fontenelle, tenho 18 anos e sou cantora instrumentista. Moro em Brasília, Distrito Federal. Terminei o ensino médio e agora estou tentando passar no vestibular pra fazer faculdade de música.
Nasci com microftalmia, mas para os médicos eu era cega total, pois tive um resíduo visual até os 8 anos de idade. A os 4 anos tive um diagnóstico de autismo, minha mãe quase enlouqueceu e sofreu muito. A dedicação de minha mãe foi muito grande, ela fez todo tipo de curso para poder me ajudar.
Hoje não há nenhum sinal da síndrome. Levo uma vida normal. Casei o ano passado e já tenho um filhinho lindo! Ele não tem nenhuma deficiência. Fui reportagem de algumas revistas locais, mostrando que tudo é possível quando se trabalha com amor.
Um grande abraço,
Naiara”.

Obras da calçada 7 de setembro devem ser concluídas novembro em Porto Velho

As obras de reconstrução da destruição da calçada da Avenida 7 de Setembro, em Porto Velho, começou na última semana. O Objetivo é reconstruir uma calçada moderna com rampas de acessibilidade e com piso podotátil no meio para orientar pessoas com deficiência visual.

O trecho que será reformado inicia na Avenida Farquar e segue até a Avenida Brasília, cerca de 8,6 mil metros quadrados. A obras é de compensação ambiental da Usina Hidrelétrica de Jirau. A previsão da conclusão de parte da obra é até o mês de novembro.

domingo, 11 de setembro de 2011

Maratona deficiente visual

Sesi instala quiosque da Volta das Nações no Shopping Campo Grande
Até o momento já são 9.346 inscrições e os interessados têm até o próximo dia 30 de setembro - Foto: Assessoria
O Sesi já instalou, no Shopping Campo Grande, o quiosque da edição 2011 da Meia-Maratona Internacional do Pantanal Volta das Nações para facilitar as inscrições dos interessados em participar da competição, que será realizada em parceria com a TV Morena no próximo dia 9 de outubro com largada e chegada em frente ao Centro de Convenções e Exposições Albano Franco. A exemplo do ano passado, o espaço está localizado no primeiro piso do centro comercial na entrada onde fica a Loja Tube Surf e a agência bancária do HSBC.


Segundo o diretor da competição, Marcelo Moraes, com a instalação do quiosque no Shopping será possível aumentar ainda mais o número de inscritos na competição, pois se trata de um local de grande fluxo de pessoas durante todos os dias da semana. “Até esta sexta-feira (02/09) já temos 9.346 inscrições em 59 dias da abertura das inscrições, que vão até o dia 30 de setembro e podem ser feitas gratuitamente por pessoas de todas as idades”, informou.


Do total de inscritos, 5.859 são para a caminhada de 7 quilômetros, 2.677 são para participar da corrida de 10 quilômetros e 810 para a meia-maratona de 21 quilômetros. Além do site www.voltadasnacoes.ms.sesi.org.br/2011 e do quiosque no Shopping, as inscrições também podem ser feitas diretamente no Clube do Trabalhador do Sesi de Campo Grande, na sede da Fams (Federação de Atletismo de Mato Grosso do Sul) e na Galeria dos Esportes.


Participantes
A dentista Yara Pianco Ferreira Azevedo, 52 anos, aproveitou a presença da equipe do Sesi no Shopping Campo Grande para fazer a inscrição. “Esta é a primeira vez que vou participar da Volta das Nações. Sempre pratico atividade física, mas nunca me inscrevi em uma prova como esta, que é uma ótima iniciativa, pois estimula a prática da atividade física”, disse.


George Harrison Fernandes Romeu, 22 anos, garagista de condomínio, também fez a inscrição enquanto estava no Shopping. “É bem mais fácil fazer assim. Participei de todas as edições da Volta das Nações, sempre correndo os 10 km, meu objetivo este ano é me superar e fazer o percurso em menos tempo”, declarou.


Já Ricardo Falaeiros, 24 anos, que é professor, fez a inscrição também no Shopping. “Vim me inscrever porque uma colega o fez e me incentivou, mas vou participar da caminhada”, disse, acrescentando que a iniciativa do Sesi estimula a prática de exercícios físicos. “Eu pratico kung fu, mas correr exige outro tipo de preparo”, garantiu.


Premiação
Na edição deste ano, além do sorteio de um automóvel 0 km entre todos os participantes das três provas que concluírem os respectivos percursos e aguardarem a premiação, a Volta das Nações vai distribuir R$ 84,7 mil em dinheiro para os cinco primeiros colocados da meia-maratona nas categorias geral masculino e feminino e indústria masculino e feminino, bem como para os três primeiros colocados da meia-maratona nas categorias cadeirante e deficiente visual masculino e feminino. Além disso, eles também vão receber troféus, assim com os cinco primeiros da categoria geral masculino e feminino da corrida de 10 km.


O 1º lugar no geral masculino e feminino da meia-maratona vai receber R$ 12 mil, o 2º lugar ganhará R$ 6 mil, o 3º lugar receberá R$ 3,6 mil, o 4º lugar terá prêmio de R$ 2,4 mil e o 5º lugar ganhará R$ 1,2 mil, enquanto na categoria indústria masculino e feminino o 1º lugar receberá prêmio de R$ 3,6 mil, o 2º lugar ganhará R$ 3 mil, o 3º lugar vai receber R$ 2,4 mil, o 4º terá direito a R$ 2 mil e o 5º receberá R$ 1,8 mil e, nas categorias cadeirante e deficiente visual masculino e feminino, o 1º lugar fica com R$ 840,00, o 2º com R$ 720,00 e o 3º com R$ 600,00, sendo que os primeiros colocados na categoria geral masculino e feminino da corrida de 10 km não terão direito a prêmio em dinheiro.


Horários
Os horários das largadas da edição deste ano da Meia-Maratona Internacional do Pantanal Volta das Nações foram alteradas com relação ao evento do ano passado. A primeira largada será às 7h30 para os atletas das categorias cadeirante e deficiente visual masculino e feminino, enquanto às 7h45 será dada a largada para os atletas das categorias elite e indústria masculino e feminino e às 8 horas será dada a largada para os atletas das categorias elite e indústria masculino, além dos participantes da corrida de 10 km e da caminhada de 7 km.


O diretor da competição, Marcelo Moraes, lembra que para a participar da meia-maratona e da corrida de 10 km o interessada precisa ter idade mínima de 18 anos, enquanto para a caminhada de 7 km a idade é livre. Ele acrescenta que neste ano os chips de cronometragem somente serão entregues aos inscritos nas provas de 21 km e 10 km, sendo o seu uso obrigatório para esses atletas. “A colocação correta do chip será de responsabilidade do atleta e a organização não se responsabiliza pelo uso incorreto do equipamento de cronometragem”, pontuou

Tecnologia para deficientes

Leitura dinâmica 08/09/2011
> Por Elton Alisson
>
> Agência FAPESP As pessoas com visão abaixo de 10% ou com visão subnormal
> que enxergam em um campo de visão entre 5% a 30% do normal dispõem agora
> de um novo dispositivo para lhes auxiliar a ler e a escrever.
>
> A empresa de base científica Bonavision, incubada no Centro de Inovação,
> Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), na Cidade Universitária, em São
> Paulo, desenvolveu uma lupa eletrônica com foco variável e com um
> recurso tecnológico que permite ao usuário escrever ou desenhar.
>
> O produto é o quarto lançado pela empresa. O primeiro, em 2008, foi uma
> lupa especial para leitura, que amplia textos em cinco vezes, e diminui
> as distorções, permitindo a visualização das palavras. Em 2009, os
> pesquisadores da empresa lançaram uma prancha de leitura acoplada à
> lupa eletrônica.
>
> Agora, por meio de um sistema de zoom, o equipamento oferece ao usuário
> um aumento de imagem 10 a 80 vezes maior, conforme sua necessidade. E,
> posicionando uma caneta ou lápis debaixo da câmera de vídeo colorida, de
> alta sensibilidade e com controle automático de iluminação, o usuário
> pode escrever ou desenhar, podendo ver a imagem projetada em uma tela de
> televisão ou computador.
>
> Essa inovação representa um grande avanço para estudantes ou idosos com
> problemas de visão ou para deficientes visuais que trabalham em empresas
> e precisam, além de ler, que é uma atividade relativamente passiva,
> também escrever, disse José Américo Bonatti, pesquisador da Clínica
> Oftalmológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
> Universidade de São Paulo (USP) e um dos diretores da Bonavision, à
> Agência FAPESP.
>
> O projeto anterior, intitulado Prancha de leitura acoplada à lupa:
> <http://www.bv.fapesp.br/pt/projetos-de-pesquisa/31270/prancha-leitura-
> -acoplada-lupa/>,
> contou com apoio da FAPESP por meio do Programa Pesquisa Inovativa em
> Pequenas Empresas (PIPE). O pedido de patente nacional e internacional
> tem auxílio do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual (PAPI).
>
> De acordo com Bonatti, as atuais inovações incrementais realizadas no
> equipamento surgiram por meio de uma avaliação de demandas clínicas
> feitas por pacientes. Em pesquisas, eles apontaram que, além de um
> aumento maior do que a lupa eletrônica proporciona, gostariam que o foco
> fosse varià¡vel para aumentar menos o tamanho da fonte de um texto de um
> livro, por exemplo, e ter maior visão de conjunto da página.
>
> Para possibilitar esse recurso, os pesquisadores desenvolveram um
> sistema de
> zoom que, além do aumento da fonte de texto, possibilita que o usuário
> possa escrever e desenhar sob ele.
>
> Como o sistema exige espaço para manter a distância focal em relação à
> pagina de uma publicação e permitir a variação de aumento de foco, os
> pesquisadores utilizaram esse espaço para possibilitar o encaixe da mão
> do usuário, permitindo que ele possa escrever ou desenhar e ver a imagem
> projetada em uma tela de televisão ou de computador. Essa inovação
> representou um salto tecnológico maior do que o que nós demos com os
> produtos anteriores, disse Bonatti.
>
> Segundo ele, os aparelhos importados já dispõem desse sistema de zoom.
> Entretanto, o equipamento brasileiro apresenta a vantagem de, além de
> ser mais sofisticado, ter um preço equivalente a menos da metade dos
> concorrentes estrangeiros, e oferecer mais conforto e ergonomia.
>
> Além disso, ao contrário dos produtos importados, é o único que
> possibilita acompanhar uma linha horizontal de um texto com segurança,
> pois a câmera de vídeo se movimenta em um trilho metálico de uma prancha
> de leitura com a movimentação voluntária da mão do usuário, que pode
> estar sentado à mesa, em um sofá ou até mesmo em uma cama.
>
> Desenvolvemos uma tecnologia que possibilita a independência, a eficácia
> e o controle do usuário do equipamento por meio de seu movimento
> voluntário. Isso nenhum aparelho similar no mundo apresenta, afirmou.
>
> O produto foi lançado no fim de julho e está sendo comercializado
> inicialmente no mercado nacional, principalmente para escolas, que por
> meio dele podem economizar com a edição de livros voltados para
> estudantes com deficiência visual.
>
> O novo equipamento gera economia para as escolas, porque elas nà£o
> precisam adaptar livro nenhum. Elas podem pegar um livro convencional e
> colocar embaixo da lupa para aumentar ou diminuir a fonte. E isso
> permite integrar, e não estigmatizar, o estudante com deficiência visual
> com os outros colegas ao passar a não mais ser visto com um ente
> especial, que está lendo um livro gigante, todo diferente do restante da
> turma, comparou Bonatti.
>
> De acordo com ele, o equipamento pode ser utilizado com um treinamento
> mínimo e seu mecanismo de funcionamento é fácil de ser entendido pelos
> usuários.
>
> Mais informações: www.bonavision.com.br.

Ator de Malhação vira amigo de deficiente visual que inspirou personagem

 


Pedro Tergolina (direita), interpreta Felipe, personagem criado pela autora Ingrid Zavarezzi (centro), que se inspirou em Fernando Campos (esquerda) Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo

Vinícius Lisboa
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Ivete Sangalo dirigia um dos carros elétricos do Projac quando encontrou um velho amigo. Na hora, ela freou o veículo no meio da rua e correu ao encontro dele, abraçando-o com carinho. Era Fernando Campos, o jovem de 18 anos que inspirou o personagem Felipe da nova temporada de "Malhação". Ele fazia uma visita guiada às instalações da Globo na última quinta-feira e ficou radiante com o acaso. Vidrado em redes sociais, micareteiro e viciado em TV, Fernando não enxerga, mas isso está longe de ser o que mais chama a atenção nele. "Sou o ceguinho mais engraçado que você já conheceu", define o próprio no Twitter.
— Ivete é um amor antigo — brinca ele. — Comecei a ir aos shows dela com 9 anos e nunca parei. Como eu ficava lá na frente, acabamos nos conhecendo.
Bem mais recente é sua amizade com Pedro Tergolina, que interpreta o papel inspirado no deficiente visual. Em julho, o ator passou três dias na casa de Fernando, que mora em Natal, para conhecer o dia a dia do personagem.
Além de conversar bastante, os dois saíram com os amigos de Fernando para ir ao cinema, onde Pedro teve que explicar o filme cena a cena para o colega. Eles foram também a um almoço de família e assistiram ao empate do Brasil com o Paraguai, em 9 de julho.
— Eu observei o comportamento dele em todas as situações. Certos detalhes como o modo de usar a bengala, e de ser guiado, a gente só percebe com atenção — disse Pedro, que também reparou no modo como Fernando usa o computador e o celular adaptados para tuitar.
Fernando estudou teatro na escola e aproveitou o contato com Pedro para viver um laboratório ao inverso, entendendo melhor o ofício de ator. Ele chegou a fazer o teste para interpretar o personagem inspirado nele, mas não passou, o que não quer dizer que desistiu:
— Da próxima vez que voltar ao Projac, espero que seja para trabalhar — diz ele, que também está escrevendo uma minissérie.
A amizade com a autora de "Malhação", Ingrid Zavarezzi, é antiga. Sobrinho de uma amiga de infância da roteirista, ele a conheceu via internet.
— É incrível como as redes melhoram a vida dele. Até esqueço que é cego — conta a autora, que usará o bom humor de Fernando para explorar a leveza do personagem.

Festa para os sergipanos medalhistas paraolímpicos

Que lugar para a criança com deficiência visual no discurso social contemporâneo?

Áudio da apresentação do trabalho de Aline Sieiro, intitulado “Que lugar para a criança com deficiência visual no discurso social contemporâneo?”. Uma parte do trabalho foi apresentado no CONLAPSA I, que aconteceu na UERJ no final do mês de agosto deste ano.
Mais informações sobre o evento no site: http://www.conlapsa.com.br/
Mais informações sobre Aline: www.alinesieiro.com.br
Clique aqui para escutar online:
conlapsa curto
Ou faça o Download abaixo:
Arquivo MP3 Download: conlapsa curto (9.10 Mb)      

A deficiência visual não impediu a carreira de Marcus Aurélio, gerente da Rádio Globo

Radialista com deficiência visual construiu uma carreira




Fonte: http://www.comunique-se.com.br/Conteudo/NewsShow.asp?idnot=59545&Editoria=8&Op2=1&Op3=0&pid=22955280100&fnt=fntnl#.TlvXKFFGOhU.twitter


A deficiência visual não impediu a carreira de Marcus Aurélio, gerente da Rádio Globo

Anderson Scardoelli
Nascido com deficiência visual, sem enxergar com o olho direito desde os seis anos de idade e com apenas 10% da visão esquerda, Marcus Aurélio não desistiu de realizar o sonho que tinha desde a infância: ser jornalista e trabalhar em rádio, apesar de parte da família duvidar da sua capacidade no meio da comunicação, devido ao problema ocular.

Os anos foram passando e, com eles, Marcus foi seguindo carreira no dial, desde o domingo que percebeu a ausência do plantão esportivo da rádio Roquette Pinto e juntou as "moedinhas" para ir à rádio e se propor a substituí-lo; passando pela carreira de repórter esportivo na Tupi, quando chegou a ser proibido por Eurico Miranda, então presidente do Vasco da Gama, de cobrir o dia a dia do clube cruzmaltino; até a entrada no Sistema Globo de Rádio (SGR), sendo apresentador da CBN e posteriormente gerente nacional da Rádio Globo, cargo que ocupa atualmente.

Além da gerência, Marcus apresenta o "Quintal da Globo", nas noites de domingo. A atração vai ao ar para todas as afiliadas da emissora e conta com o empenho do comunicador, que para interagir com os ouvintes e chamar as notícias, tem que trocar constantemente de óculos, sem contar com o esforço de 'colar' os olhos para conseguir ler as letras garrafais do papel ou do computador.

Trecho do "Quintal da Globo" de 21/8/2011:


Estudante de escola pública durante toda juventude, Marcus não se limitou com o patamar profissional que alcançou. Ele procura formar novos comunicadores, seja por meio das aulas no curso de 'Rádio e TV' da FAAP ou no trabalho da União e Inclusão em Redes de Rádio (UNIRR), instituição sem fins lucrativos fundada em 1995. Como professor, Marcus é um "cara muito sensível e atento, que consegue uma aproximação muito grande com os alunos", define o vice-coordenador do curso de 'Rádio e TV' da FAAP e chefe de reportagem da Rádio Globo, Álvaro Bufarah.

Sobre o gosto desde a infância pelo meio rádio, o início da carreira, o tempo como repórter, os desafios de gerenciar a Rádio Globo, o trabalho acadêmico e a proposta da UNIRR, Marcus conversou com o Comunique-se, diretamente de sua sala no Sistema Globo de Rádio, em São Paulo. Acompanhe os vídeos:

Parte 1 - início no jornalismo:"Desde cedo, eu gostava de ouvir rádio e tinha a ideia de estudar jornalismo para trabalhar no rádio".


Parte 2 - UNIRR:
"A missão da UNIRR é assessorar, capacitar e dar apoio a todos aqueles que fazem, ou querem fazer, o uso dos meios de comunicação para a criação de uma sociedade mais justa".


Parte 3 - Tupi, CBN e gerência da Globo:
"Não queria ficar estigmatizado como uma pessoa que só falava de esporte".


Parte 4 - futuro do rádio:
"Daqui seis, sete anos, a banda de AM e FM será coisa do passado".


sábado, 10 de setembro de 2011

Atletas de MS são destaque nas Paraolimpíadas Escolares

 
Onze alunos do projeto e três professores fizeram parte da delegação sulmatogrossense que participou do evento.


Os paratletas douradenses fizeram bonito na competição das 19 medalhas conquistadas no atletismo 14 de ouro 3 de prata e 2 de bronze doze foram ganha por atletas do CTA 10 de ouro 1 de prata 1 de bronze segue abaixo relação das conquista.


• Pedro Elias Barros Tenório, EE Celso Muller do Amaral, 14 anos, deficiente físico. Ouro nos 100m cadeira de rodas e no lançamento de pelota.

• Rafael de Oliveira Moreira EE Celso Mulher do Amaral, deficiente físico no arremesso de peso, ouro no lançamento de pelota.

• Alexandre Rodrigues Gonçalves EM Iria Lucia, ouro no 1000m, deficiente intelectual.

• Paulo Henrique Andrade EM Etalivio Penzo, ouro no 1000m, deficiente visual.

•Carlos Rafael Zago, EE Floriana Lopes, ouro no lançamento de pelota, deficiente físico.

• Guilherme Henrique Pinzan, EM Alvaro Brandão, deficiente físico, ouro no arremesso de peso, ouro no lançamento de pelota.

• Ana Paula Rodrigues, EE Menodora Fialho de Figueiredo, deficiente físico, ouro no lançamento da pelota, prata no arremesso de peso e bronze no 100m.


Também fizeram parte da equipe:

• Patricia dos Anjos Lima, deficiente intelectual EE Daniel Berg.

• Débora Fernanda, deficiente visual, EE Menodora Fialho de Figueiredo.

• Luana Oliveira Moura, deficiente visual, EE Presidente Vargas.


• Fernando Augusto Marques Silva, deficiente físico, EE Menodora Fialho de Figueiredo na modalidade de Bocha.


E os professores Antonio de Souza Pietramale, James Marcelo Eloy e Amanda Ferreira Feitosa. Segundo o professor Toninho coordenador do Projeto CTA mantido pela Prefeitura de Dourados em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, o sucesso dos alunos deve-se a um trabalho intenso de treinamento feito constante para superar os obstáculos que a cidade impõe para eles, transporte e falta de acessibilidade e estrutura.


Nos estamos no caminho certo buscando melhoras junto com as escolas, famílias e a prefeitura de Dourados que tem nos ajudando na medida do possível e com perspectivas de melhoras com a inauguração do quadro paradesportivo e as adequações do local de treinamento de atletismo.


A participação dos atletas douradenses foi viabilizada graças ao apoio recebido da FUNCED e FUNDESPORTE

OS RECURSOS COMPUTACIONAIS AUXILIANDO OS DEFICIENTES VISUAIS

OS RECURSOS COMPUTACIONAIS AUXILIANDO OS DEFICIENTES VISUAIS
Fabíola Magda Andrade Ventavoli
RESUMOO uso dos recursos computacionais com programas específicos como Dosvox, Virtual Vision e Jaws, permite aos deficientes visuais, maior possibilidades de acesso à aprendizagem, a conteúdos relevantes como pesquisas, jornais, livros entre outros, além disso, tais programas servem de apoio às atividades do cotidiano.
É visível que ainda existe um grande caminho a ser percorrido, mas muito já se tem feito principalmente para os deficientes visuais.
Palavras-chaves: Tecnologia. Novos paradigmas em Educação para deficientes visuais. Transição.
1 - INTRODUÇÃO
É possível que deficientes visuais tenham acesso ao computador principalmente por ferramentas já conhecidas em seu dia a dia como o Sistema Braille.
O deficiente visual se isola culturalmente, ele só escreve para outro cego ler, pois as raríssimas são as pessoas que enxergam que sabem o Braille.
Com as tecnologias da computação como, por exemplo, um sintetizador de voz, muitas barreiras são quebradas, há a construção da aprendizagem, de habilidades entre outros.
Muitas dificuldades são as dificuldades encontradas pelos deficientes visuais, quando acessam a Internet, por exemplo, torna-se difícil distinguir os sites, compreender a estrutura de um documento e interagir com dispositivos diferentes do teclado, mouse entre outros periféricos do computador, portanto há a necessidade de modificar alguns paradigmas computacionais, afim de que possa incluí-los digitalmente, tendo assim, possibilidades de uma qualidade de vida melhor, de acesso às informações, de construção coletiva do conhecimento.
2 - INCLUSÂO DIGITALHá uma década, era muito restrito o uso dos computadores. A escola que possuía acesso à informática era privilegiada. No entanto, atualmente, estes recursos computacionais estão cada vez mais utilizados. Segundo o Ministério da Educação, cerca de 11%,- índice inexpressivo - das escolas públicas possuem um laboratório de informática.
A falta de acesso à informática não atinge somente o deficiente visual. Embora seja muito utilizada, ainda não atinge toda a população, pois grande parte sofre com a injustiça social, o que gera problemas, como a baixa qualidade de vida, desemprego, marginalidade, a falta de acesso à educação, à saúde, à moradia e a exclusão digital.
A informática está cada vez mais presente na vida do homem como forma de solucionar diversos problemas. Um exemplo é o acesso à informação de maneira rápida e cômoda, atendendo às necessidades específicas de seus usuários, e não ter acesso a isto, provoca a marginalização do cidadão.
O uso do computador está presente no cotidiano de qualquer pessoa, desde simples pagamentos de contas de supermercado, contas de água, luz e telefone, até compra via internet, realização de pesquisas, conversas on-line, entre outros.
Nesse contexto, a escola não pode deixar de proporcionar a seus alunos o acesso a tecnologia. É papel de a escola inseri-los no mundo digital, portanto, a informática precisa de um espaço relevante no cenário educacional. Com sua utilização, é possível aumentar o aprendizado do aluno que, se bem estruturado, consegue obter informações e novos conhecimentos de forma muito rápida. Para isto ocorrer, é necessário que o aluno tenha acesso à teoria, escrita de textos, exposição de trabalhos e uso de aplicativos.
O uso do computador como ferramenta pedagógica, além disso, pode aumentar a auto-estima dos alunos, proporcionando-lhes melhor desempenho escolar e, como conseqüência, melhoria da perspectiva profissional.
É importante que a informática educacional faça parte do projeto político pedagógico da escola. Não deve ser vista apenas como mais uma área de estudo, mas sim como uma tecnologia que ofereça transformação pessoal, além de favorecer a formação tecnológica necessária para o futuro profissional na sociedade.
O uso da informática na instituição escolar só vem complementar uma educação de qualidade.
3 - DEFICIENTES VISUAISDe acordo com dados obtidos pela Organização Mundial da Saúde, estima-se que no Brasil existam mais de 750 mil pessoas com deficiência visual, neste número incluem-se portadores de:
• Cegueira (ausência total de visão e luminosidade): onde se aperfeiçoa na escrita ou na leitura com o sistema em Braille e apesar de não enxergar, tem a chance de poder vir a ler e a escrever. A cegueira ou deficiência visual pode afetar desde o bebê até a pessoa adulta. Pode ocorrer por diversos motivos: questões hereditárias, incompatibilidade sanguínea; sífilis; toxoplasmose; herpes vaginal e rubéola; problemas durante o parto; prematuridade e acidentes traumáticos.
• Baixa Visão ou Visão Subnormal (condição de visão que vai desde a capacidade de indicar projeção de luz até a redução da acuidade visual, grau que exige atendimento especializado): é considerado portador de baixa visão aquele que apresenta a capacidade de perceber luz, até o grau em que a deficiência visual limita seu desempenho.
Tanto a cegueira quanto à baixa visão podem afetar pessoas em qualquer idade, sexo ou religião. Bebês podem nascer sem visão e outras pessoas podem vir a tornarem-se deficientes visuais em qualquer fase da vida.
A perda da visão pode ocorrer após uma doença súbita, um acidente, onde gradativamente, neste caso, a pessoa atingida demora a tomar consciência do que está acontecendo.
A deficiência visual interfere em habilidades e capacidades, não afetando somente a vida de quem perdeu a visão, mas da família, amigos, colegas e outros. Entretanto, com tratamento, atendimento educacional adequado, programas e serviços especializados ao deficiente, este tipo de deficiência não ameaçará a vida plena e produtiva.
4 - O DEFICIENTE VISUAL E O ACESSO À ESCOLATodo aluno, independente das diferenças na aprendizagem, tem direito à educação, garantido pela Constituição Federal Brasileira no Art.208, inciso III. Na lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, se define a educação como dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de verdade e nos ideais de solidariedade humana, visando o desenvolvimento do aluno, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Nesta mesma lei está incluído o direito dos portadores de necessidades educativas especiais a uma educação gratuita e de boa qualidade.
Os portadores de deficiência, durante a história, sempre foram julgados como incapazes à sociedade; isso só foi se modificando a medida que filósofos, antropólogos e educadores foram fomentando os direitos humanos à igualdade. É utopia acreditar que tudo o que foi citado acima ocorre para todo o deficiente visual, mas sabemos que já é um grande caminho percorrido.
Sendo o número de deficientes visuais considerável é, portanto, dever da Política Pública, preparar a escola para receber este aluno, o que na realidade ocorre muito esporadicamente devido à falta ou dificuldade da escola em se adaptar à realidade do deficiente visual.
Quanto maior o nível de escolaridade maiores serão as barreiras encontradas pelos deficientes visuais. Isso vai desde a impossibilidade de acesso à leitura, até a falta de capacitação de professores para lidar com este aluno e o apoio de voluntariado disposto a trabalhar com este público.
Acredita-se na educação como promoção para o desenvolvimento intelectual e social do aluno tornando-se indispensável à vida de qualquer cidadão, seja ele deficiente ou não.
Os deficientes visuais merecem respeito para que se desenvolvam e continue seus estudos, tornando-se assim, cidadãos críticos o suficiente para não aceitar a sua marginalização.

5 - SOFTWARES DE ACESSIBILIDADE AOS DEFICIENTES VISUAISO respeito à diferença de cada sujeito constitui-se em um ponto chave para o que chamamos de inclusão. A informática tem sido grande aliada dessas diferenças, atravessando barreiras e quebrando obstáculos.
A informática abre novas janelas amenizando a discriminação social, provando a capacidade destas pessoas que apesar de apresentarem necessidade especial, possuem um grande potencial. As oportunidades oferecidas começam a romper com a lógica racionalista excludente por ser uma valiosa ferramenta no processo de aprendizagem, busca e processamento de informações- “proporciona ao sujeito a oportunidade de desenvolverem atividades interessantes, desafiantes e que tenham propósitos educacionais e de diagnósticos. Estas atividades podem oferecer a eles a chance de adquirir conhecimento e sobrepujar suas deficiências intelectuais”.
A importância dos ambientes digitais no que tange a deficiência visual é inquestionável. Uma pessoa cega tem limitações que podem ser eliminadas através de educação adaptada à realidade e uso da tecnologia para diminuir barreiras.
Acessibilidade são a aproximação e facilidade de interação, onde computadores são acessíveis a todas as pessoas. Acessibilidade envolve:
- usuário (indivíduo que utiliza o computador conforme a capacidade sensorial e funcional);
-situação (independente do software, o sistema deve ser acessível);
-ambiente digital (deve garantir acessibilidade ao deficiente visual);
O software de acessibilidades aos ambientes digitais para deficientes visuais utiliza basicamente ampliadores de telas para aqueles que possuem perda parcial da visão, e recursos de áudio, teclado e impressora em Braille para os sujeitos não videntes.
A impressora Braille possui o mesmo conceito das impressoras comuns, onde são ligadas ao computador nas pontas paralelas e seriais. Estas impressoras possuem pequeno, médio e grande porte, algumas imprimem desenho ou caracteres em Braille. Dentre os sistemas para deficientes visuais os mais utilizados em nosso país são o DOSVOX, VIRTUAL VISION E JAWS.

5.1 - DOS VOX
Vem sendo desenvolvido desde 1993 pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob a coordenação do Professor. José Antonio dos Santos Borges.
A idéia de desenvolver o programa evoluiu a partir do trabalho de um aluno com deficiência visual, Marcelo Pimentel, que hoje é programador do Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ. O sistema foi desenvolvido com tecnologia nacional, foi o primeiro sistema a sintetizar vocalmente textos na língua portuguesa. É um software de baixa complexidade, adequado à nossa realidade. Há duas versões do programa:
-uma simplificada que pode ser baixada do site gratuitamente: <http://www.intervox.nce.ufj.br/dosvox/dounload.html >;
-e a outra que pode ser adquirida comercialmente por um custo baixo.
Cerca de 5.000 deficientes visuais são usuários do programa no Brasil, sendo composto por mais de 70 programas.
O diálogo homem máquina é feito de forma simples, pois o sistema lê e digitaliza o som em português. O programa também utiliza padrões internacionais de computação, podendo ler e ser lido dados e textos gerados por programas e sistemas de uso comum em informática. É um software simples para usuários iniciantes de fácil instalação e utilização.
O Dos Vox é distribuído para o Dos e para Windows (também chamado winvox).
Consiste em: Sistema Operacional (que contém elementos de interface com o usuário); Sistema de Síntese de Voz para língua portuguesa; Editor, Leitor e Impressor/Formatador de Textos; Impressor Formatador para Braille; Programas de uso para Deficientes Visuais; como caderno de telefones, agenda de compromisso, calculadora, preenchedor de cheques; Jogos de Caráter Lúdico; Programa para ajuda à educação de crianças deficientes visuais; Ampliador de tela para pessoas com visão reduzida e leitor de Telas/janelas para Dos e Windows.
Dentre as limitações do Dos Vox podemos citar o acesso à internet, que tem algumas restrições já que a maioria das páginas apresenta figuras, gráficos e frames tornando difícil para o deficiente visual compreender o que está sendo mostrado na tela. O sistema vem sendo aperfeiçoado a cada nova versão, o que indica que tal problema poderá ser minimizado.
5.2 - VIRTUAL VISION
O Virtual Vision foi lançado pela Micro Power em 1998, empresa de Ribeirão Preto. Ele utiliza sintetizador de alta qualidade da língua portuguesa, chamado DeltaTalk, também desenvolvido pela Micro Power. O texto pode ser pronunciado de várias formas, letra por letra, palavra por palavra, frase por frase, o usuário determina sua preferência. O programa diz ao usuário qual o site que está abrindo e o endereço da página; quando ele necessita ler o conteúdo, basta acionar um comando para o computador ler o texto. O software já esta na sua versão 4.0.
São características do Virtual Vision: Maior facilidade na navegação de páginas na Web no Internet Explorer; Permite leitura de textos de forma contínua e com posicionamento automático do cursor na última palavra falada em caso de interrupção da leitura; Capacidade de mapeamento e adaptação a aplicativos que não oferecem acessibilidade a leitores de tela, utilizando sistemas de mapas de posicionamento e até reconhecimento de gráficos que podem ser configurados pelo usuário; O grau de detalhamento de informações pode ser mudado pelo usuário, mas está apto para oferecer o máximo de detalhes possíveis; O sistema de mapeamento não requer conhecimento de programação, podendo ser utilizado por qualquer usuário; Multi-idiomas: fala em português e inglês com vozes masculina e feminina nos dois idiomas; Controle de voz distinto para leitura de objetos da tela e texto que permite a seleção de vozes diferentes, permite o congelamento e navegação através do texto sendo falado; Permite a configuração de diferentes variações de voz para identificação da formatação e capitalização de textos; Sistema de dicionário flexível, dispensando o uso de transcrições fonéticas e permitindo a inserção de expressões.
5.3 - JAWS
Programa desenvolvido pela empresa Norte Americana Henter-Joyce, o Jaws para Windows é um leitor de telas que permite facilmente o acesso ao computador de pessoas deficientes visuais. Com o Jaws qualquer usuário cego ou de baixa visão pode trabalhar normalmente no computador utilizando teclas de atalho.
Calcula-se que atualmente exista em torno de 50.000 usuários espalhados por vários países. O programa já se encontra na versão 4.5. Quanto ao preço a versão demo de 40 minutos pode ser capturada do site do fabricante gratuitamente; a versão demo de 60 dias está disponível por baixo preço; a versão para Windows 95/98 e a versão completa para Windows NT ou 2.000, são mais onerosas. As licenças para empresas têm descontos, variando de 30 a 40%, dependendo do número de usuários.
As principais características do Jaws são: Facilidade na instalação e apoio por voz durante o processo; São atualizadas duas vezes por ano; Faz indicações das janelas ativadas, do tipo de controle e suas características; Permite trabalhar com correio eletrônico e navegar na Internet, como se tivesse em um processador de texto; Permite o controle do mouse para as operações que não o dispensam; Possui dicionário, que permite controlar a maneira como as palavras ou expressões são pronunciadas; Compatibilidade com programas de leitura de DVD;
6 - CONCLUSÃO
Os três sistemas mais utilizados pelos Deficientes Visuais, no Brasil são os que comentamos acima (DOSVOX, VIRTUAL VISION E JAWS). É importante frisar que os dois primeiros são projetos nacionais, o DOSVOX é bastante utilizado por ser relativamente fácil de aprender, gratuito e de processamento rápido. Já o Jaws, é um sistema Americano, a pouco traduzido para o português, muito semelhante ao Virtual Vision, embora se tenha relato de deficientes visuais que utilizaram e que consideram este o melhor leitor de telas para a maioria das aplicações no computador.
Vale ressaltar que tais programas apresentam algumas limitações, mas são de estrema importância para os deficientes visuais, com o uso destes é possível garantir a estas pessoas maior autonomia, possibilitando o acesso à informática.
A inclusão digital dos deficientes visuais, portanto, é possível, mas faltam oportunidades para a vivencia de experiências e com isso desenvolver o potencial e a autoconfiança. O oferecimento de recursos computacionais é restrito a um número muito baixo de pessoas, causando a exclusão da maioria dos deficientes visuais. As escolas, por outro lado, não estão preparadas para receber estes alunos, devido à falta de capacitação da maioria do corpo docente e a falta de recursos computacionais.
No mercado de trabalho esta realidade não é muito diferente, as empresas se mostram-se fechadas a esse tipo de público.
Neste sentido, os softwares especializados têm demonstrado a preocupação de proporcionar não só informações, mas também o interesse de incluí-los digitalmente na sociedade, dando igualdades de condições.

Bibliografia
7 - REFERÊNCIAS
Ambientes digitais virtuais: Acessibilidade aos deficientes visuais. Disponível em: <
http://www.centrorefeducacional.com.br/progdefi.htm> Acesso em: 20 out. 2009.
BORGES, J.A. Revista Benjamin Constant, Rio de Janeiro - 200.156.28.7. Dos Vox: Um novo acesso dos cegos a cultura e ao trabalho. Disponível em: <
http://scholar.google.com/scholar?q=Deficiente%20Visual&hl=pt-BR&lr=lang_pt&oi=scholart> . Acesso em: 20 out. 2009.
BORGES, J.A. Dos Vox: Uma nova realidade educacional para Deficientes Visuais. Disponível em:
<
http://www.intervox.nce.ufrj.br/dosvox/textos/artfoz.doc>. Acesso em: 20 out. 2009.
Como os Deficientes Visuais podem Aprender a Trabalhar com a Informática? Disponível em: <
http://www.senai.br/psai/vision_08.asp>. Acesso em: 20 out. 2009.
DEFICIÊNCIA VISUAL além disso nós entendemos bem. Disponível em: <
http://www.jornalismo.ufsc.br/acic/visual/visual.htm>. Acesso em 31 out. 2009.
DOW E SENAI lançam segunda edição de manual de informática para deficientes visuais. Disponível em:
<
http://www.fieb.org.br/sistema/noticias/noticias_detalhes.asp?id=1424> . Acesso em 03 nov. 2009.
Fique sabendo como pessoas de baixa visão ou de total cegueira trabalham com o computador.
Disponível em: <
http://www.julianoms.hpg.ig.com.br/cegoinf.htm >. Acesso em 03 nov. 2009.
FUNDAÇÃO DORINA NOWIL PARA CEGOS. Deficiência Visual. Disponível em: <
http://www.fundacaodorina.org.br/fundacao/deficiencia.asp>. Acesso em 13 nov.2009.
JORNAL O POVO. Micros e pessoas deficientes: lazer, interação e capacitação. Disponível em: <
http://www.sac.org.br/PO980518.htm>. Acesso em 16 nov.2009.
LERPARAVER. Deficiência: Sugestões para quando você encontrar uma pessoa com deficiência. Disponível em:
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http://www.lerparaver.com/ajudadeficientes.html>. Acesso em 18 nov. 2009.
LÍRIO, S.B. A tecnologia informática como auxílio no ensino de geometria para deficientes visuais. 2006.129. Dissertação mestrado em Geociências e Ciências Exatas. Universidade Estadual Paulista. Rio Claro, 2006.
MENEZES, D. Tecnologia ao Alcance de Todos. Nova Escola. São Paulo: p.30-37, Set.2006, n.195, ano21.
MICROPOWER. Acessibilidade para Deficientes Visuais. Disponível em: <
http://www.micropower.com.br/v3/pt/acessibilidade/dicas.asp>. Acesso em 20 nov. 2009.
NETO, A.S.F. Mudanças Curriculares Históricas: (IN) Formação de deficientes visuais como usuários de tecnologias digitais de informação e comunicação. Disponível em:
<
http://www.cinform.ufba.br/v_anais/artigos/alberico.htm>. Acesso em 23 nov 2009.
Novas Tecnologias: Sistema Braille. Disponível em:
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http://www.lerparaver.com/ver/novas_tecnologias.htm>. Acesso em 25 nov. 2009.
SERPRO GOVERNO. Softwares para deficientes visuais. Disponível em: <
http://www.serpro.gov.br/noticiasSERPRO/20050606_05>. Acesso em 26 nov. 2009.
SOUZA, Deficiência em Ação. Revista do Brasil. São Paulo: p.30-33, Set.2006, n.5.
Virtual Vision. Disponível em:
<
http://inventabrasilnet.t5.com.br/virtvis.htm>. Acesso em 26 nov. 2009.
YOUSSEF, A.N.; FERNANDEZ, V.P. Informática e Sociedade. São Paulo: Ática, 2003.


Publicado em 01/09/2011 17:09:00
Currículo(s) do(s) autor(es)
Fabíola Magda Andrade Ventavoli - (clique no nome para enviar um e-mail ao autor) - Bacharel em Ciências da Computação, Licenciada em Matemática e Computação. Pós-graduada em Psicopedagogia. Docente da Etec Francisco Garcia e da Rede Municipal de Ensino de Mococa.

PL prevê cães-guia em locais de João Pessoa Paraiba

PL prevê cães-guia em locais de JP

PL prevê cães-guia em locais de JP
A Câmara Municipal de João Pessoa aprovou o projeto de lei de autoria do vereador Bira (PSB) que dispõe sobre a permanência e ingresso de cães-guia utilizados por portadores de deficiência visual em locais públicos e privados de João Pessoa. A propositura faz parte da política de acessibilidade defendida pelo parlamentar socialista.

De acordo com o projeto, os cães-guia, quando acompanhados de pessoas portadoras de deficiência visual, de pessoa portadora de deficiência física, de treinador ou acompanhante habilitado, poderão ingressar e permanecer em qualquer local público, meio de transporte ou de qualquer estabelecimento comercial, industrial, de serviços ou de promoção, proteção e recuperação da saúde.


O vereador Bira justifica a necessidade do projeto e afirma que a acessibilidade é hoje um direito básico. "Neste caso específico dos deficientes visuais, o cão-guia se torna cada dia mais importante, pois é encarado como a própria visão dos deficientes, vez que são treinados para isso, desviando de obstáculos, e procurando os melhores caminhos para conduzir os seus donos", explicou Bira.


*Punição* - Segundo o projeto, o estabelecimento, empresa ou órgão que der causa a discriminação será punido nas esferas cíveis e criminais, podendo ainda cumular com pena de multa ou perda do alvará de funcionamento, a ser analisado pela Administração Pública.

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    JONY ELE É DEFICIENTE VISUAL LOUVANDO E ADORANDO AO SENHOR, DEUS DEU UM DOM DELE A CANTA E PRINCIPALMENTE TOCAR BATERIA TOCA MUITOOO...

    sexta-feira, 9 de setembro de 2011

    Professores aprimoram conhecimentos sobre deficientes auditivos e visuais




    Amboim – Vinte professores de escolas do ensino primário do município do Amboim, província do Kwanza Sul, participam desde terça-feira num seminário de capacitação sobre matéria de formação de deficientes auditivos e visuais.


    Promovido pela Direcção Provincial da Educação, os participantes vão abordar, durante quatro dias, temas sobre adaptação de aulas, aprendizagem de actividades, comunicação interactiva com os alunos deficientes, conceito de deficientes visuais e auditivos e características gerais das crianças com deficiência.


    Consta ainda dos temas a abordar as causas da deficiência, deficiência intelectual, alfabeto de braile, bem como a sua escrita entre outros assuntos.


    Em declarações à Angop, a propósito do seminário, o chefe de secção municipal da Educação, José Bira, apontou como objectivo da formação aprofundar as capacidades e habilidades pedagógicas, bem como reforçar aquisição dos conhecimentos dos professores.


    Exortou aos professores a praticarem os conhecimentos que lhes são transmitidos dada a importância do seminário.


    O seminário está ser orientado por quatro técnicos da Direcção Provincial da Educação.

    Centro de Apoio ao Deficiente Visual realiza programação pelos 10 anos de criação Roraima

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    01-Sep-2011
     Érica Figueredo/Secd
    O trabalho de inclusão ganha força em Roraima. O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento das Pessoas com Deficiência Visual (Cap-DV/RR) completa 10 anos de funcionamento, com uma programação comemorativa na sede da unidade até a sexta-feira, dia 2 de setembro.
    Nesta quinta-feira (1º), uma panfletagem a partir das 8h30 na Avenida Jaime Brasil vai reunir usuários do Cap-DV, familiares e funcionários. O intuito é distribuir material explicativo sobre as ações e serviços do Centro. As atividades terminam na sexta-feira (2) com dinâmicas e brincadeiras no período da manhã e confraternização à tarde.
    Desde o início da semana, a programação foi iniciada com recreação coordenada por alunos do Instituto Federal de Roraima (IFRR) e membros da Associação de Deficientes Visuais de Roraima (Advirr). Foi ministrada ainda uma palestra para sensibilizar as famílias dos alunos atendidos no Centro sobre os cuidados e a convivência com o deficiente visual. Os trabalhos foram coordenados por uma psicóloga e uma coordenadora pedagógica.
    “A intenção é mostrarmos a importância da pessoa com deficiência, mostrar aos pais ou familiares como eles devem ajudar a superar limites e a discriminação”, ressalta a diretora do Centro, Francimar Fernandes.
    Sobre o Centro - Fundado há 10 anos, o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento das Pessoas com Deficiência Visual (Cap-DV/RR) auxilia estudantes que não enxergam ou têm baixa visão. Na unidade, é possível fazer adaptação e leitura de textos, receber acompanhamento de professores e transcrever material em braille.
    Atualmente, 75 alunos recebem acompanhamento de profissionais, sendo 20 nas dependências do Centro e 55 nas escolas da capital. Para realizar as atividades, são 50 funcionários entre técnicos, servidores e professores.
    As atividades ocorrem de segunda-feira a quinta-feira nos três turnos, sendo a sexta-feira dedicada ao encontro pedagógico da equipe.
    “Nosso trabalho é fundamental para a educação básica. A sociedade deveria conhecer melhor o centro e valorizar o trabalho desenvolvido. Afinal no CAP nós também fazemos a capacitação do professor do ensino regular que lida diariamente com o aluno que tem deficiência visual”, reforça a diretora, Francimar Fernandes.
    Até o fim de setembro, as ações do CAP-DV vão ser dinamizadas com a inclusão do MEC Daisy, um novo software que permite maior agilidade na leitura de textos e navegação na internet.
    O Centro é uma das unidades da Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Desportos (Secd). O endereço é Avenida Santos Dumont, nº439, bairro São Pedro. Outras informações pelo e-mail cap_dvrr@yahoo.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email ou no telefone 3621-3688.

    Campeonato escolar e deficiência visual

    Campeonato escolar e deficiência visual: o discurso dos professores de educação física

    Afonsa Janaína Silva, Edison Duarte, José Julio Gavião Almeida

    Resumo


    Um dos desafios colocados aos professores da rede formal de ensino, é a atuação perante classes inclusivas, nas quais num mesmo ambiente ensinam-se alunos com e sem deficiência. Dentre as práticas escolares, a Educação Física representa um importante meio para o desenvolvimento global do aluno com deficiência, por proporcionar o reconhecimento dos limites e possibilidades do “corpo” em conjunto ao convívio social. Objetivou-se neste estudo, analisar as concepções dos professores de educação física sobre a participação de alunos com deficiência visual em práticas relacionadas à educação física escolar. Os professores apesar de conscientes do processo de inclusão possuem dúvidas sobre suas implicações e na articulação de seus conhecimentos para atuar. Para uma Educação Física de qualidade é necessário verificar e potencializar o conhecimento que permeia os professores para que atuem de forma adequada diante de todos os alunos.
    Texto completo: PDF-BR

    Menina de Ouro

    ImprimirE-mail
    Onides Bonaccorsi Queiroz
    02-Set-2011
    Conheça melhor a atleta acreana que faturou três ouros nas Paraolimpíadas Escolares
    dsc07066.jpg
    A atleta Luana dos Santos, suas medalhas de ouro e seu pai, Benedito (Foto: Onides Queiroz)
    Junto à superpremiada delegação do Acre que esteve em São Paulo para participar das Paraolimpíadas Escolares 2011, ela voltou esta semana como grande campeã: três medalhas de ouro - nos 100, 300 e 1.000 metros rasos. O nome da atleta? Tome nota: Luana Silva dos Santos.

    Portadora de deficiência visual total desde os primeiros anos de vida, a velocista de 15 anos é a grande aposta do Acre nas competições nacionais do paradesporto. Em seu desempenho na capital paulista, foi muito elogiada, inclusive pela atleta paraolímpica Terezinha Guilhermina, detentora de ouro, prata e bronze em Pequim 2008. A brasileira, que é campeã mundial, entusiasmada com as marcas e a determinação de Luana, aponta-a como sua sucessora no circuito internacional.

    Luana, que há quatro anos treina três vezes por semana com seu instrutor Alcides e o guia Oto, não deixa por menos: “A viagem para mim não é lazer, é trabalho”, diz. O que para ela não é nenhum sacrifício, pois garante que ama o que faz. “Correr é a minha praia. Eu me sinto ótima.”

    A menina demonstra positividade e força moral impressionantes, principalmente em se tratando de uma adolescente. Quem conversa com ela até se esquece de que está diante de alguém tão jovem, tamanha é a sua ética, sabedoria e humildade. Franqueza também: “Não gosto de quem me discrimina. Sou deficiente visual, mas não me considero doente. Eu me acho saudável. Sou feliz, eu me aceito e me sinto pra cima”. Ou seja: em palavras e ações, Luana dá um banho de autoestima e prova que esse é o caminho para a realização.

    Mesmo na escola, não quer que os professores lhe passem deveres facilitados. Entretanto, a aluna do 9º ano da Escola Senador Adalberto Sena, em Rio Branco, sente muito a ausência de profissionais que conheçam o método braile. Afinal, Luana tem muita vontade de se aperfeiçoar em português, inglês e matemática, e a carência técnica tem representado um obstáculo em seu desenvolvimento.

    E, como todo ser humano normal, a moça acalenta sonhos. Além de continuar estudando e correndo, quer casar e tornar-se mãe. “Acho que posso ter filhos, sim”, diz, com um quê de travessura no sorriso. Seja como for, ela cultiva a autonomia: lava roupa, lava louça. Só? Não. Também seca e guarda.

    Diante de tanta superação, não é de se estranhar que Luana conte com uma família emocionalmente bem estruturada. Benedito, o pai, Elane, a mãe, e o irmão Lucas dão-lhe todo o suporte de que necessita. Assim, em cada mostra de superação, Luana brilha e espalha a esperança por onde passa. Enche os nossos olhos d’água. E o coração dos acreanos de orgulho

    MP pressiona Anatel a garantir celulares adaptados para deficientes visuais

    O Ministério Público, através da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de São Paulo, solicitou à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que garanta aos deficientes visuais o acesso a celulares adaptados. O pedido foi formalizado no dia 31 de agosto e se baseia na lei da acessibilidade (nº10.098/2000), que dá ao poder público a responsabilidade de tornar os sistemas de comunicação acessíveis “às pessoas portadores de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito à informação.”

    No mercado existe apenas um programa de celular específico para as pessoas que não enxergam. Ele foi criado em 2005 por uma empresa americana e é compatível com apenas uma marca de telefone celular.

    “Não é um telefone muito acessível por causa do preço, fora o software que é muito caro também”, diz Adriana da Silva, proprietária de uma loja de aparelhos celulares. O telefone junto com o software custa R$ 1,2 mil.

    A presidente da Adevirp (Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto), Marlene Taveira Cintra, apoia a medida da Procuradoria. “De modo algum o telefone celular é um objeto de luxo para a pessoa que não enxerga. Hoje ele é algo de extrema necessidade. Eu não teria como viver sem o celular”, afirma.

    A Anatel tem até o final de novembro para se posicionar sobre o caso e esclarecer quais providências serão tomadas para cumprir o recomendado

    quinta-feira, 8 de setembro de 2011

    Biblioteca do MS recebe pessoas com deficiência visual

     

    Painel de Athos Bulcão integra roteiro de programa sobre arte e educação patrimonial

    Painel Athos BulcãoPor meio do toque, crianças e adultos com deficiência visual foram apresentados ao painel de Athos Bulcão, localizado na Biblioteca do Ministério da Saúde. Em 24 e 25 de agosto, o público-alvo do projeto Brasília Tátil – Percepção e criação artística a partir do toque visitou o painel e outras obras de artistas representativos de Brasília. O painel, patrocinado pela Fundação Banco do Brasil, concretizou a inclusão da Biblioteca na rota cultural da capital.
    Desde outubro de 2010, o Brasília Tátil tem promovido um roteiro turístico para pessoas com deficiência visual e alunos de escolas inclusivas do Distrito Federal. Segundo a coordenadora, Luciana Lopes, a ideia é proporcionar conhecimento e educação patrimonial, além de contato com a arte, a fim de contribuir para a inclusão social.
    Ainda segundo a coordenadora, como parte do programa, são privilegiadas obras e esculturas com potencial tátil, “que apresentem volume e textura interessantes e representem personalidades de Brasília, como os vitrais e os anjos da Catedral, além das criações de Niemeyer, Burle Marx e Athos Bulcão”, explica.
    Nas visitas à Biblioteca do MS, o painel foi interpretado de diversas formas. Entre as particularidade dos “olhares”, os relevos em madeira, trabalhados em formas geométricas, foram percebidos como comprimidos, grãos de café e olhos de serpente. Com a habilidade e precisão do toque, as pessoas com deficiência visual descobriram que os círculos do painel não são do mesmo tamanho. Para tirar a dúvida, os organizadores mediram as formas e constataram a assimetria da obra.
    O projeto levou adultos com e sem deficiência visual à Biblioteca e aos outros locais integrantes do roteiro, como o Palácio do Itamaraty e a Câmara dos Deputados. A intenção dos organizadores foi possibilitar a quem enxerga vivenciar a realidade de uma pessoa cega. Esses participantes foram vendados e tiveram de usar outros estímulos, como o tato. Aprenderam também a melhor forma de auxiliar uma pessoa com deficiência visual. “Não é você que conduz a pessoa que está sendo ajudada, é ela que pega no seu braço e dita o ritmo da passada, por exemplo”, explica Luciana.
    À época da seleção das obras de arte, dois condutores do projeto, que são pessoas com deficiência, ajudaram a testá-las, e o painel do Athos Bulcão da Biblioteca foi considerado uma das peças mais interessantes.
    O Brasília Tátil é uma parceria entre a Associação Brasileira de Deficientes Visuais (ABDV) e a Tríade Patrimônio, Turismo e Educação, com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.

    Mais informações sobre o programa:
    61 3322-9718
    61 9558-4435
    brasiliatatil@gmail.com

    DEFICIENTE VISUAL PAGA MATRICULA E NÃO PODE FAZER CURSO

    Reclamação contra UNIP -universidade Paulista



    GOSTARIA DE UMA EXPLICAÇÃO REFERENTE A DESISTENCIA, DO ALUNO FELIPE OLIVENCIA GARCIA RA B164JD-0,
    DO CURSO DE ANALISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS .

    POIS SEGUNDO INFORMAÇÃO DO MESMO RECEBI A SEGUINTE JUSTIFICATIVA, QUE O PROFESSOR LHE DISSE QUE NÃO TINHA TEMPO
    DE ENSINAR COM MAIS RIGOR, POIS NÃO PODERIA PERDER MUITO TEMPO COM ELE, SABENDO DA SUA DEFICIENCIA (VISUAL),

    O SR. FELIPE , FOI ATÉ A SECRETARIA DE VOSSO ESTABELECIMENTO E TEVE A SEGUINTE JUSTIFICATIVA:


    - QUE O CURSO A QUAL ELE SE MATRICULOU E PAGOU, NÃO ATENDIA A NECESSIDADE DE UMA PESSOA COM DEFICIENCIA VISUAL.

    A VOSSA SECRETARIA LHE INFORMOU QUE NÃO PODERIA FAZER NADA, QUE ELE DEVERIA CORRER ATRAS DE SEU PREJUIZO.

    MUITO MAL ORIENTADO ACABOU TRANCANDO A SUA MATRICULA EM 30/08/2011



    PERGUNTO ???


    POR QUE NÃO LHE FOI INFORMADO NO ATO DA MATRICULA, QUE O MESMO NÃO PODERIA SE INCLUIR NESTE CURSO.


    NO AGAURDO, DE UMA URGENTE JUSTIFICATIVA DESSA RENOMADA EMPRESA.


    PARA QUE EU POSSA INTERVIR JUNTO AOS ORGÃOS COMPETENTES, SOBRE AO REFERIDO CASO.

    SOU TIO DO FELIPE ..               

    aparelhos celulares acessíveis às pessoas com deficiência visual

    31/08/11 - MPF recomenda à Anatel que regulamente a certificação de aparelhos celulares para torná-los acessíveis às pessoas com deficiência visual
    Agência reguladora tem 90 dias para informar as providências adotadas para cumprir a recomendação
    A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo recomendou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que regulamente os requisitos para certificação de aparelhos celulares, tornando-os mais acessíveis às pessoas com deficiência visual. A regulamentação deve atentar à parte técnica e interna dos aparelhos – hardware – e aos programas que podem ser posteriormente instalados – softwares – , de acordo com as normas técnicas e o ordenamento jurídico brasileiro.
    Foi estabelecido um prazo de 90 dias para que a Anatel se posicione, esclarecendo as providências adotadas para cumprir o recomendado, sob pena de consequências legais.
    Segundo a lei nº 9.472/97, por meio da qual a Anatel foi criada, cabe à empresa garantir ao usuário o acesso aos serviços de telecomunicações“com padrões de qualidade e regularidade adequados à sua natureza, em qualquer ponto do território nacional”.
    A atuação do MPF se justifica através da lei da acessibilidade (lei nº 10.098/2000) que, em seu art. 17, estabelece que o poder público deve promover “a eliminação de barreiras na comunicação”, caracterizadas por “qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação”.
    A lei prevê ainda que o poder público deve tornar os sistemas de comunicação acessíveis “às pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação”.
    Assessoria de Comunicação
    Procuradoria da República no Estado de S. Paulo
    Mais informações à imprensa: Daniel Sousa e Marcelo Oliveira
    11-3269-5068
    ascom@prsp.mpf.gov.br

    curso de Tradutor-Interprete para pessoas com deficiência visual

    FAAP lança curso de Tradutor-Interprete para pessoas com deficiência visual

    A Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) abre inscrições para o curso pioneiro de “Tradutor-Interprete” (Inglês-Português) para pessoas com deficiência visual.
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    A Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) abre inscrições para o curso pioneiro de “Tradutor-Interprete” (Inglês-Português) para pessoas com deficiência visual. O objetivo é capacitar os participantes a ocupar cargos competindo diretamente com pessoas que não possuem limitações. As aulas serão ministradas ao longo de três anos com módulos focados em informática, inglês e conversação.
    Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do total de trabalhadores com deficiência que estão inseridos no mercado de trabalho, apenas 22,49% possuem deficiência visual. O último senso do IBGE identificou que 14,5% da população brasileira é composta por deficientes, e desse total, 16,6 milhões declararam ter deficiência visual, sendo cerca de 150 mil com cegueira total.
    Diante desse panorama, o curso pretende capacitar profissionais para o mercado de trabalho, tendo em vista dois grandes eventos que serão realizados no Brasil. Com a chegada da Copa do mundo e das Olimpíadas no Brasil, a busca por interpretes será muito grande e queremos capacitar os alunos para que possam ocupar essas vagas”, explica o coordenador pedagógico do Núcleo de Superação da FAAP, Dr. Quagliotti Silvestri Faà.
    A atual legislação trabalhista, por meio da Lei de Cotas, obriga que empresas com mais de 100 funcionários contratem de 2% a 5% de profissionais com algum tipo de deficiência. É uma grande oportunidade para os interessados em ingressar nesse mercado, complementa Faà.
    Os três módulos do curso – informática, inglês e conversação – serão ministrados pelos professores Luiz Alberto Melchert de Carvalho e Silva, Cristiana Mello Cerchiari, Lara Siaulys e Lara Souto, também deficientes visuais. As aulas acontecerão duas vezes por semana, com avaliações semestrais e monitoramento de frequência e aproveitamento. Nas aulas de informática os alunos aprenderão como realizar diversas atividades no computador com a ajuda de softwares criados exclusivamente para atender a esse público. As aulas de inglês permitirão que os participantes alcancem a fluência necessária para o trabalho, além de serem introduzidos a uma aula mais lúdica, em que serão ministrados conhecimentos gerais. A ideia é que todos estejam preparados para ingressar no mercado de trabalho, para isso, a realização de um curso completo e abrangente é essencial.
    As inscrições podem ser feitas até outubro/2011. Para inscrição, o candidato deve ter conhecimento de inglês básico, apresentar laudo médico atestando a deficiência visual e ter mais de 16 anos. Todos os alunos serão contratados pela FAAP e receberão um salário mínimo por mês. Mais informações no Núcleo de Superação da FAAP, através do telefone (11) 3662-7427 ou e-mail mgsantos@faap.br.
    Curso de Tradutor Interprete português-inglês
    Inscrições: Até outubro/2011
    Dias e horários: Quartas e sextas-feiras, das 15h30 às 18h30
    Informações: (11) 3662-7427 ou mgsantos@faap.br

    Ivete paparica Fã com deficiência Visual!

     




    Na nova temporada de Malhação, o ator Pedro Tergolina é Filipe, jovem que supera as limitações da cegueira através do bom humor. O personagem tem inspiração e nome na vida real: Fernando Paiva, 18 anos, morador de Natal, capital do Rio Grande do Norte.

    Fã de televisão, o rapaz que despertou a admiração da autora Ingrid Zavarezzi recebeu um convite especial da Rede Globo: ele e mais três deficientes visuais puderam conhecer os bastidores da emissora por meio de uma visita sensorial à Central Globo de Produção, na quinta-feira, 25.

    A primeira de muitas surpresas da tarde aconteceu um pouco antes da chegada ao local. A cantora Ivete Sangalo, que seguia rumo ao estúdio do programa Caldeirão do Huck, reconheceu Fernando Paiva e fez questão de desviar da rota para dar um beijo no fã e nos demais presentes. De onde vem tamanho prestígio? Ele explica que é frequentador assíduo das apresentações da baiana desde pequeno.




    - Num show, Ivete falou comigo do palco: “Sua mãe não deve mais aguentar pagar ingresso, menino!” –
    conta.