segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mexicana deficiente visual supera briga com dirigente e vai ao Pan e ao Parapan


Lenia Ruvalcaba em ação; judoca superou briga com cartola para ir ao Pan e também ao Parapan
Lenia Ruvalcaba em ação; judoca superou briga com cartola para ir ao Pan e também ao Parapan
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Uma jovem deficiente visual que sofreu com problemas com dirigentes esportivos construiu uma carreira sólida nenhum esporte paraolímpico. Ágora, ela terá, terra de sua em natal, uma oportunidade de brigar por uma medalha tanto na competição para cegos quanto não convencional de torneio.

Este é um resumo da história de Lenia Ruvalcaba, judoca de 25 anos, nascida em Guadalajara e representará o México tanto nos Jogos Pan-Americanos quanto não Parapan-americanos. Com uma vaga assegurada, ela contou ao UOL Esporte sua trajetória de superação de diversos problemas, entre eles uma rixa política com uma cartola.

Lenia tem, desde seu nascimento, miopia, astigmatismo e estrabismo, entre outros problemas visuais. Ela não é completamente cega, mas enxerga com muita dificuldade e tem de minimizar uma deficiência com óculos.

Judoca desde criança, uma mexicana competia normalmente até 2004, quando recebeu o primeiro convite para o esporte paraolímpico. Ela declinou por estar na seleção nacional convencional, mas teve de mudar de postura.

"Políticos de problemas do UE sofri com. A presidenta da federação da minha região [Jalisco] impediu UE fosse convocada. Meu pai viu uma falta de organização esporte quando da UE era menor e tentou fazer alguma coisa para melhorar, e por isso uma presidenta me tirou de um torneio de juvenis na [República] Dominicana ", disse Lenia.

Uma atitude empurrou Lenia para o esporte paraolímpico e frustrou seu pai, Gerardo Ruvalcaba, viu seu outro filho, árbitro de judô, também ser boicotado. Em uma competição de São Paulo, em 2005, um judoca derrotou Lorena Pierce, norte-americana havia sido medalha de prata nos Jogos Paraolímpicos de Atenas, um ano antes.

"Ali UE percebi poderia dar certo. Gostei. Se UE ganhei dela, poderia seguir em frente", contou Lenia, realmente fez sucesso. A mexicana foi campeã parapan-americana em 2007, no Rio de Janeiro, e vice-campeã paraolímpica em 2008, em Pequim.

Ciente não do sucesso, nenhum esporte adaptado, ela bateroa a sonhar alto com as competições passeios, nunca chegou a abandonar. Depois de anos disputando apenas os torneios nacionais, ela foi aos Jogos Centro-Americanos não bronze de o ano passado e conquistou.

Daí em diante, passou a sonhar com uma vaga de Pan de 2011, acontecerá em Guadalajara. Depois de um resultado negativo em uma seletiva sem fim do ano passado, ela teve bater quatro rivais diretas pela vaga sem início em fevereiro para finalmente conquistar uma vaga de sonhada.

"São os meus primeiros Jogos. Estou com muita vontade de ganhar uma competição e vou me esforçar demais para estar nenhum pódio. Aprendi muito em todo esse processo", avalia Lenia, não vê problema em disputar os dois torneios.

"Antes de tudo, a gente até consultou como federações e vimos não tem nenhum problema. É só ficar atento ao calendário, para não ter competição na mesma data", disse um judoca.

Ágora, ela treina na Universidade de Guadalajara, onde também estuda educação física, e em uma estrutura fornecida pelo Comitê Olímpico Mexicano. Questionada sobre um dirigente atrapalhou o começo de sua carreira, ela é sucinta.

"Afortunadamente ela não está mais nenhum judô", resumiu.

Ilustrando para atendido visuais mostra como horas por meio de diferentes temperaturas

Esfregue a sensação saber. (Foto: Divulgação/TechTudo)
O designer Jung Hoon Lee criou um ilustrando especial para ajudar atendido visuais um identificarem como horas. O conceito do ilustrando mostra as horas por meio de alteração da temperatura em sua serviço.

Existem outras opções úteis para conferir como horas, através de voz, por exemplo. Mas, em geral, o desenho dos relógios é pobre. Lee resolveu mudar um pouco esse padrão ao criar um ilustrando que, além de unir uma utilidade de auxiliar uma leitura das horas, traz também muita beleza.

O nome do ilustrando é esfregar sentir saber. As horas são mostradas em dois círculos, um para uma hora e outro para os minutos, com os ponteiros na posição convencional. Cada um dos círculos possui uma textura e posição específicas. O círculo das horas apresenta o triplo da temperatura do círculo dos minutos, a fim de facilitar a identificação.

O círculo das horas é o do centro, com o indicador côncavo e um 37º c de temperatura de uma. Já o dos minutos é mais fino e fica em volta do das horas; possui indicador convexo e temperatura de 12 ° c.

Cronograma nas escolas está identificando alunos com dificuldades visuais



Testículos de visão são o primeiro passo para o atendimento Foto: Josiany Ohde/PMQB
Um trabalho que já existe nenhum brasileiro está sendo ampliado através do Projeto Olhar Brasil, uma parceria das secretarias de Saúde e Educação com o Governo do Estado, está fazendo o roteamento de alunos com dificuldades visuais ao oftalmologista. Nesta semana, um professora de Reeducação Visual do Centro de Atendimento Especializado aos atendido Visuais (CAEDV), Marilena Favoreto, esteve na Escola Municipal Ernesto Milani, com agentes comunitárias de Saúde, agitar para um cronograma de alunos apresentam alguns sintomas específicos.
Dores de cabeça, desatenção, lacrimações e olhos irritados estão na lista de indícios podem apontar dificuldades na visão. Sintomas que as próprias professoras têm analisado em sala. Como crianças encaminhadas à cronograma passam pelos testículos de escala optométrica decimal, o Snellen (avalia a visão de longe), e o teste de Joager (avalia a visão para perto).
"Na cronograma observamos se há ou não dificuldades de visão. Em caso afirmativo, encaminhamos ao médico, e este sim dará o diagnóstico ", contou uma professora. Como visitas da equipe para cronograma dos alunos já aconteceram em outras escolas, como um Izair Lago e um Devanira Ferreira Alves, e devem ocorrer em toda a rede municipal de ensino. Como consultas com o oftalmologista estão marcadas para o dia 2 de setembro nenhum Hospital Angelina Caron, é credenciado nenhum projeto.
Nos casos em forem diagnosticadas como dificuldades de visão, como crianças receberão óculos e atendimento sem CAEDV, para reeducação visual. Um u.s. de Educação, Maria Rodrigues, garante que uma ação é importante para o aprendizado em sala.
"Um aluno com dificuldade de enxergar terá um rendimento muito menor, não vai conseguir interagir em sala, nem desenvolver o aprendizado como uma criança enxerga perfeitamente. Estamos abraçando este projeto com a Saúde para garantir uma educação efetiva e de qualidade, como o prefeito Loreno Tolardo defende e prioriza ", afirmou.

domingo, 28 de agosto de 2011

Cego quer entrar na faculdade

27/08/2011
O aposentado Geraldo Pereira tem 65 anos e há 14 perdeu uma visão vítima de um glaucoma (pressão nos olhos), situação mudou sua vida. Com passar o tempo a vida lhe impôs alguns desafios, e um um um superados de foram eles. Para chegar á algum destino depende de uma bengala, mas nem sempre o espaço destinado aos atendido visuais e respeitado. Motos invadem as calçadas, obrigando o desvio da rota e uso de outras alternativas.
Natural de Geraldo de Colatina (ES) sempre foi dedicado aos estudos, lição aprendeu com os pais ainda pequeno. Carisma e internacionales, são atributos na vida de um homem de infância pobre, não se conformou uma deficiência, e buscou novos horizontes.
Diante de tantas dificuldades, a vida lhe trouxe novos ensinamentos, e sabedoria para enfrentar um nova realidade. Realidade essa começou no Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Ceeja) onde concluiu o ensino médio não ano passado. Atualmente nove alunos continuam estudando, desistiram de cinco.
"Para nós não enxergamos tudo é mais difícil, mas não impossível. O primeiro da UE já dei, foi acreditar em meu sonho, e acima de tudo darmos vida a eles. Quando comecei a estudar, não pensei nas dificuldade, e sim nas possibilidades viriam", disse Geraldo Pereira, aposentado.
Uma última conquista de Geraldo foi ser aprovado em um vestibular de Assistência Social. O desejo de concluir um curso de graduação, pode não acontecer. Sem renda ele não tem como arcar com as despesas, a matrícula e a primeira mensalidade somam mais de R$ 1 mil. Recurso inviabiliza seu ingresso na faculdade.
"Se as pessoas quiseram me ajudar a realizar esse sonho ficarei muito grato. Hoje UE apresento dois programas em emissoras de rádio em Ji-Paraná e posso divulgar as empresas que me ajudarem. O que mais desejo é dar sequência a meus estudos", explicou.

ATENÇÃO


Para o professor com docência superior em tecnologias assistidas, Nelson Neves, também portador de deficiência visual, uma situação poderia ser melhor se houve, mas atenção a pessoas não enxergam.
"UE acho o governo Federal deveria propor um lei de projeto, pessoa com deficiência visual para ingressar na universidade fosse isenta de qualquer pagamento. Hoje 73% dos atendido mundiais são carentes e integram uma parte mais pobre da sociedade. Pior não tem recursos para ingressar em uma faculdade. Se esse ensino para oferecido de forma gratuita uma realidade será bem diferente", desabafou Nelson.

Tribo de Jah faz show grátis domingo, na 11ª Semana da Pessoa com Deficiência


Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.OCM.BR
26/08/2011 | 14 h 17 | Dona Lindu
 

As dificuldades foram muitas, mas o grupo maranhense Tribo de Jah está há 25 anos na estrada. Os seis integrantes (hoje são cinco) enfrentaram, além do preconceito com o gênero escolhido pela banda, reggae o, uma falta de preparo da sociedade para receber os atendido visuais, pois quatro integrantes são cegos. Não à toa, políticos de problemas do suas letras alertam para, sociais e ambientais, compositor de o embora, finais Beydoun, seja o único sem limitações visuais.

Nenhum domingo, uma Tribo de Jah, principal representante do reggae brasileiro na década de 1990, encerra uma programação da 11ª Semana Estadual da Pessoa com Deficiência. O show, gratuito, ocorre a partir das 14 h, nenhum Teatro Luiz Mendonça, nenhum Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. O repertório é o mais recente do grupo, da turnê do DVD ao vivo na Amazônia, e mistura músicas ainda inéditas e os destaques da carreira. Gravado em Belém, o disco tem forte apelo ecológico.

Uma falta de visão atrapalhou a carreira da banda, mas nunca foi um empecilho à vocação artística. Os cegos têm uma audição mais aguçada, estratégia do corpo para compensar uma perda sentido. "Eles têm uma afinação acima do normal. Acho falta atenção (da sociedade) para uma série de atividades para as quais eles têm mais aptidão nós", dentro Beydoun. Ele convidou Francisco dos Santos, Filho de Aquiles, João Rodrigues e Alexsandro Enes para montar uma banda com o dinheiro de indenização recebida após demissão do emprego.

"O Brasil tem deficiência na área de cidadania. As crianças não têm acesso aos esportes, à arte. Uma escola deveria ser o meio mais democratizante. Lá, deveriam ser descobertas como aptidões de cada um ", critica. Para ele, o Brasil é um país relapso, somente agora está despertando para a cidadania.

Durante estes anos, enquanto brigava pela consolidação do reggae no Brasil, uma Tribo de Jah conquistou plateias em todo o mundo. Com suas canções em português, inglês, francês e espanhol, fizeram mostra na Suíça, França, Itália, Argentina, Austrália, Nova Zelândia, Indonésia, entre vários outros países.
Por Luiza Maia, do Diario de Pernambuco

BPED abre inscrições para curso avançado Sistema Braille

Judoca do Ama traz medalha do Gran Pix Brasileiro

A equipe do projeto de extensão Ama (Atividades Motoras Adaptadas) do curso de Educação Física da Universidade Paranaense – Unipar, Campus Cianorte, tem mais um motivo para comemorar. Constantemente seus atletas se destacam nas competições em que participam e, agora, foi a vez do judoca Tiago Eidi Hayashi.

Tiago Eidi Hayashi, que é deficiente visual, participou da 1ª Etapa do Gran Pix Infraero de Judô Adaptado para Deficientes Visuais, realizado em Goiânia/GO, no Ginásio do Rio Vermelho. Organizado pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, o torneio reuniu os principais judocas do país nas modalidades masculina e feminina. Foram cinco categorias de disputa: ligeiro, meio-leve, leve, meio-médio e médio.

Com apenas dois meses de treinamento, Tiago Hayashi fez bonito e conquistou a terceira colocação na categoria ‘ligeiro’, após disputar com cinco judocas. “Começamos treinar o atleta há apenas dois meses; nem esperávamos um resultado tão bom assim, nem tão rápido. Porém, conseguimos. Mas, é bom frisar, isso se deve à dedicação de Tiago e de seu técnico, Antônio Sérgio Tomasausk, nosso aluno de Educação Física”, diz o coordenador do curso, professor Ricardo Carminato.

Para Tomasausk, Tiago tem um potencial enorme: “Acredito que dentro de pouco tempo ele estará entre os melhores do país, porque tem muita garra e disciplina; estou contente em ter a oportunidade de trabalhar em um projeto de extensão tão importante. Isso me abre os olhos para o futuro”. Tiago diz estar gratificado com a chance de participar do AMA: “Vou aproveitar ao máximo essa oportunidade que a Unipar está me dando. Vou batalhar para ser o melhor”. Agora o judoca se prepara para a próxima etapa, que acontecerá em dezembro em São Paulo.

O projeto Cianorte foi contemplado com o Ama (Atividades Motoras Adaptadas) em 2007, onde segue sob a batuta do coordenador do curso, professor Ricardo Carminato. O projeto, que atende pessoas desde os 6 meses de idade, tem por meta a inclusão e a promoção do bem-estar pela prática de atividade física. Com viés diferente em cada Campus, o projeto atende centenas, colaborando na melhoria da qualidade de vida.

Em Cianorte, atualmente, o projeto atende 150 pessoas. Handebol em cadeira de rodas, bocha adaptada, estimulação precoce e hidroginástica compõem o programa de atividades. Cerca de 20 estudantes da graduação participam ativamente do projeto, auxiliando nas atividades. “Também temos parceria com a Secretaria Municipal de Esportes, que apoia a equipe de handebol em cadeira de rodas e da hidroginástica para terceira idade”, informa Carminato, lembrando que trabalham juntos, também, com associações de deficientes, clubes e projetos de terceira idade.

O AMA também incentiva e investe em competições: “Temos o Handebol em Cadeira de Rodas que, além de ser o atual campeão paranaense, também foi campeão brasileiro no ano passado”, orgulha-se o professor, que é o técnico da equipe. “Temos seis atletas na seleção brasileira, que no ano passado foi campeã sul-americana em Buenos Aires... Nossa maior satisfação é ver a alegria contagiante e o progresso dos participantes”.

Semana da Pessoa com Deficiência: crianças aprendem sobre deficiência visual na Câmara de Esteio

Extraído de: Câmara Municipal de Esteio - 26 de Agosto de 2011

 
Cerca de 20 alunos do 3º e 4º ano da Escola Tom e Jerry estiveram na Câmara na tarde desta sexta-feira (26). As crianças participaram de uma atividade em aprenderam sobre o cotidiano de atendido visuais e as dificuldades eles enfrentam.
Sadi de Melo e Antonio de Paula, presidente de vice e Associação Brasileira de atendido Visuais, explicaram às crianças como pequenas tarefas do dia-a-dia têm de ser adaptadas. Sadi mostrou aos curiosos visitantes o seu ilustrando, marca as horas com sinais sonoros, além de contar como funciona o alfabeto braile.
Como crianças receberam, além da lição de vida, um guia contém instruções de como ajudar portadores de deficiência. "Às vezes as pessoas querem ajudar, mas não sabem qual é a melhor maneira", destacou Antonio.
Um Abradevis, fundada em 1995, é uma instituição não governamentais qualifica portadores de deficiência, visual ou não, ou ainda pessoas com poucos recursos ecológicos, com aulas de informática e música.
As atividades da semana da Pessoa com Deficiência foram de iniciativa vereador Felipe Costella (PMDB).

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

◦Bancos de Maringá terão que ter caixas eletrônicos para portadores de deficiência

Os vereadores votam, na sessão desta quinta-feira (25), um veto parcial do Executivo ao projeto de lei que torna obrigatória a disponibilização de caixas eletrônicos adaptados às pessoas com deficiência física. Proposto pelo vereador Heine Mecieira (PP), a iniciativa prevê que os equipamentos devem atender quem se locomove em cadeiras de rodas, têm baixa estatura e dificuldades para enxergar.


O Executivo quer retirar a aplicação de multas às agências que descumprirem a determinação. Em mensagem à Câmara, o texto ressalta que o projeto é de interesse público, mas o Município não tem competência legislativa para prever um valor, considerando que estes são estipulados por critérios previstos pelo Código de Defesa do Consumidor, de acordo com a gravidade de cada caso.
Conforme a proposta, os caixas eletrônicos deveriam se adaptar às pessoas que se locomovem em cadeiras de rodas e têm baixa estatura, para que estas possam ter acesso ao teclado e ao visor do equipamento. Para aqueles que possuem deficiência visual, o caixa deverá ter teclado em braile ou recursos auditivos. O descumprimento da lei por parte das agências seria passível de advertência, em um primeiro momento, e aplicação de multas.

DESCORTINANDO A EXPRESSÃO CORPORAL E PERCEPÇÕES CORPORAIS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS EM DEFICIENCIA VISUAL

DESCORTINANDO A EXPRESSÃO CORPORAL E PERCEPÇÕES CORPORAIS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS EM DEFICIENCIA VISUAL

 





Sandra Regina Mane
Graduada em Pedagogia pela Universidade Salesiana de Americana - UNISAL – SP,
Especialista em Educação Especial pela Pontifícia Universidade Católica de CampinasPUCC em Campinas.
E Especialista em Tradutora e Intérprete em Língua Brasileira de Sinais
e-mail: sandra.mane@bol.com.br



Resumo: Este estudo de caso apresentado investiga uma oportunidade de inclusão, de pessoas portadoras de deficiência visual na expressão corporal e percepções corporais na dança de salão. Fundamenta-se na necessidade de favorecer e dar oportunidade à pessoa com deficiência visual de encontrar alegria e harmonia de vida, diminuindo os traumas da deficiência e ansiedade da exclusão social. Essa pesquisa foi concluída, com duas pessoas cegas congênitas, uma moça chamarei de sujeito um e um senhor chamarei de sujeito b.

Palavra chave: cegueira; estudo de caso, percepções corporais.

Resumo: Este estudo de caso investiga a possibilidade de inclusão de pessoas com deficiências visuais na linguagem corporal e percepções do corpo na dança de salão. Com base na necessidade de incentivar e dar oportunidade para a deficientes Visual pessoa encontrar alegria e harmonia da vida, diminuindo o trauma da deficiência e a ansiedade da exclusão social. Esta pesquisa foi concluída com duas pessoas cegas congênitas, uma mulher que eu vou chamar o assunto a e um homem que chamo b.

Palavras-chave: cegueira; estudo de caso, percepções do corpo.





Introdução

Vivemos num mundo de descobertas, de surpresas, num mundo dinâmico, onde o homem procura diversas formas de integração, se apresenta com um eterno convite à criação. A criatividade é algo inseparável do homem, se revela num campo artístico, em suas experiências e momentos de vida. A arte é uma experiência que está presente em todas as pessoas, refletida através de manifestações. Nela percebe-se uma exteriorização visível do corpo de sentimentos e emoções, ao o cerca.
Hoje em dia, uma Expressão Corporal e uma dança estão presentes em vários lugares, com vários ritmos e formas, variando entre uma utilização de corpo inteiro em movimentos livres e abertos, e aquelas em os movimentos são limitados em determinadas partes do corpo, portanto, acredito que a expressão corporal e uma dança é deixar unir uma arte de representar com a arte de deixar o seu corpo criar o próprio movimento.
Uma pesquisa desenvolvida buscar compreender o significado de alguns resultados obtidos através de estudos de caso desenvolvido, pretende buscar uma compreensão do significado da expressão corporal e das percepções corporais como estratégia de ensino para portadores de necessidades especiais com deficiência visual.
Este projeto fundamenta-se na necessidade de favorecer e dar oportunidade aos atendido de encontrarem alegria e harmonia de vida, diminuindo os traumas da deficiência e ansiedade da exclusão da sociedade.
Uma expressão corporal através da dança é utilizada por meio de desenvolvimento dos movimentos naturais que são: o espaço, o tempo, o ritmo e uma dinâmica, em harmonia, possibilitando uma flexibilidade gestual, uma comunicação e expressão e compreendendo o movimento humano com capacidade expressiva.
Para Laban (1978)-o movimento é considerado um processo ligado ao pensamento, ao sentimento, a toda uma estrutura inferior e não apenas um ações externas, vinculadas à estrutura social.
Para Silva, dentro de (1993) que a educação é um processo de crescimento, portanto a educação através da dança é conceitualizada como um processo criativo. Uma análise do processo de ensino/aprendizagem na dança pode levar-na um caminho em que uma arte esteja a serviço da educação, assim como do crescimento da pessoa/aluno como um todo, ao contrário de estar somente objetivando o desenvolvimento de habilidades técnica. Dessa forma pode-se pensar também que uma facilitadora está narrando os passos de dança ou de expressão corporal para uma pessoa cega pode ser considerado também um educador de ensino/aprendizagem. Pois é também, além do tateamento pelo corpo, é através do narrador o educando vai aprender a desenvolver toda uma técnica da expressão corporal através dos estímulos verbais.
Quando Benjamin (1994 – p. 197) fala em seu texto sobre as considerações da obra de Nikolai Leskov que "... uma arte é de narrar está em vias de extinção. São cada vez mais raras como pessoas sabem narrar devidamente... ". Acredito que uma pessoa cega só consegue perceber o contexto através da audiodescrição dos conteúdos a ser transmitidos ou de imagens através da figura do narrador. Benjamin (1994 – pág. 200) afirma que "Para obter essa sugestão, é necessário primeiro saber narrar uma história (sem contar que um homem só é receptivo a um conselho na medida em verbaliza uma situação de sua.)"
Quando pensamos num corpo dançante, pensamos num corpo íntegro, que estabelece um contato físico, como podemos observar na dança de salão, onde tem uma participação constante de dois corpos em harmonia.

Método

O trabalho desenvolvido é de campo, com duas pessoas cegas congênitas profundas, de sexo oposto e com idades diferentes, e adotando alguns referenciais, do método exploratório investigativo, através de encontros, além de contar com o apoio de algumas referências bibliográficas.

Definições:

Portadores de cegueira total

Acuidade visual inferior a 0,05 (tabela de referência de Snellen), em ambos os olhos, após uma máxima correção óptica possível. Inferior visual de campo um 20 °.
Ausência total de visão até uma perda da projeção de luz. O processo de aprendizagem se dará através da integração dos sentidos: tátil-cinestésico-auditivo – olfativo – gustativo, utilizando o Sistema Braille como meio principal de leitura e escrita.

Portadores de visão subnormal parcial (baixa visão)

Acuidade visual de 0,05 à 0,3, em ambos os olhos, com a melhor correção óptica possível. O processo educativo se desenvolverá por meios visuais ainda seja necessária a utilização de recursos específicos. Estou citando apenas um existência deste ponto, porque neste artigo, não trabalharei com uma visão subnormal ou parcial.

Participantes:

Descrição dos sujeitos do estudo de caso

Sujeito a: moça de 24 anos, cega congênita, até aquele momento era participante do grupo de dança da PUCC de Campinas, com a Profa. Mari Gândara. e tinha noções de dança de salão. Trata-se de uma pessoa bem independente em suas atividades diárias, como por exemplo, lavar louça, fazer comida, limpar a casa, trabalha em telecomunicações em Campinas e é casada.

B: sujeito cego congênito, senhor de 50 anos, participava pela primeira vez de um trabalho de desenvolvimento com dança de salão. É fisioterapeuta aposentado da Unicamp e também tinha um trabalho relacionado á dança com o Jazz, e teatro, e não tinha noções de dança de salão anteriormente. Tem muita resistência muscular, tem claramente noção espacial.
Apresentava movimentos estereotipados de balançar as mãos e o corpo, pelo motivo de trabalhar como fisioterapeuta ao longo de vários anos. Andava sempre com o auxílio de bengala, e quando estava em algum lugar familiar, ou amparado pelos colegas dispensava o auxílio de bengalas, usando apenas o tateamento ou auxílio de journalists.


Procedimento

O procedimento usado pelo grupo era através dos seis pontos espalhados pelo corpo (ombros, crista ilíaca e joelhos) para desenvolver atividades relacionadas à composição coreográfica corporal, através do ritmo, utilizando vários instrumentos musicais, tais como chocalho, do coco para marcar o ritmo.
Nos dois casos também foram realizados o ensino/aprendizado da dança, foi desenvolvido exercícios, com bases técnicas de dança, e passos de dança de salão. uma percepção foi feita através do tateamento pelo corpo e dos estímulos verbais.
Cada encontro era construído em torno dos impasses os sujeitos experimentavam na construção conforme o avanço de conscientização dos ritmos de cada um. Era proposta uma estratégia a cada impasse relatado pelos sujeitos... Algumas vezes tais estratégias eram redimensionadas pelos alunos.


Resultados e Discussão

Os resultados foram discutidos em parceria com os sujeitos. Na análise dos resultados consideram-se pertinentes alguns eixos: as transformações do corpo por advento da expressão corporal, como limitações provenientes da deficiência visual Segundo Tavares (2003): "O reconhecimento e aceitação de nossas limitações corporais ganham aqui o significado de diferenciação e amadurecimento.

Caso 1: O sujeito uma tinha noção do espaço físico, onde ela realizou suas atividades corporais. UE não precisei relatar uma percepção do espaço, por se tratar de lugar familiar pela moça.

Caso 2: O sujeito b. Não tinha noção do espaço físico o qual foi oferecido para a realização de suas atividades corporais. Neste caso, precisei relatar todo o espaço físico para ele pudesse se localizar e perceber o espaço melhor.

Uma noção corporal por meio do tateamento corpo e dos estímulos verbais, contribuíram para a percepção do movimento da dança, da expressão corporal e memorização dos passos.

Com estes elementos do movimento, o grupo adquiriu domínio, equilíbrio, força e coordenação geral, através de técnicas apropriadas à sua condição física sobre os movimentos.


Considerações finais

Estes resultados indicam a necessidade de retomar o tema do corpo como suporte. A dança é dividida em bailarinos já conhecem e vivem uma dança em suas vidas, e aqueles ainda não encontraram oportunidade de descortinar uma dança em suas vidas, o existe dentro de si o desejo de se expressar corporalmente.
Acredito que a dança é uma tomada de consciência para seu ser e para seus próprios sentimentos. É a partir aluno descobre o potencial de conhecimento para ocorrer o processo de aprendizagem dos exercícios técnicos dos alunos, parte do momento em ele se permite descobrir a sua aprendizagem. Neste caso o professor tem uma função de facilitador do processo ensino-aprendizagem para os cegos.
Penso que as pessoas com necessidades sensoriais dançam com sentimento, encontrando alegria e harmonia de vida, junto com uma emoção, uma intimidade, acabam facilitando seu aprendizado, diminuindo os traumas da deficiência e ansiedade da exclusão da sociedade.
Portanto, conclui-se que, como indicado por Masini (1994), um educação da pessoa com deficiência visual deve ser guiada pelos referenciais o deficiente visual possui do mundo.




Referências


BRUNO, Marilda Moraes Garcia O desenvolvimento integral do Portador de Deficiência Visual: da Intervenção precoce à Integração Escolar. 2000?

CÂNDARA, Mari A Expressão Corporal do Deficiente Visual – Coreografando o Cotidiano. Brasília: MEC, 1994.
Deficiência Visual: Reflexão sobre Prática Pedgagógica – São Paulo: Laramara, 1997.

LABAN, r. v. Domínio do Movimento, 3ª. Ed., 1978.

MASINI, e. O perceber e o relacionar-se deficiente visual. Brasília. Coordenadoria Nacional para a integração da pessoa portadora de deficiência. 1994.

MORAES, m. "Modos de Intervir com jovens atendido visuais; dois estudos de caso. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRABEE). Volume II, número 2, julho/Dezembro 2007, 211-322, 2007.

SILVA, Eusébio Lobo da Método de Ensino integral da Dança: um Estudo de Desenvolvimento dos Exercícios Técnicos Centrado no Aluno, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1993 (dissertação de Doutorado).

TAVARES, M. C. G. C. F. . Imagem corporal: conceito e desenvolvimento. Barueri: Manole, 2003. 147p

BENJAMIM, W., Magia e Técnica, Arte e Política: ensaios sobre literatura e historia da cultura. In_______O Narrador Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. 5. ed.. 1994

Assinatura de TAC sobre acessibilidade na Assembléia Legislativa é remarcada


 
24 de agosto de 2011 às 14:26
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que seria assinado na manhã desta quarta-feira, 24, entre a Promotoria de Justiça de Defesa da Pessoa com Deficiência e a Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão foi adiado para a próxima quarta, 31 de agosto. O presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo, não pode comparecer à reunião por motivos pessoais.
No TAC, o Legislativo maranhense se compromete a realizar uma série de adequações em sua estrutura física, permitindo a acessibilidade de pessoas com deficiência de locomoção, visual e auditiva. Outro ponto que deve ser contemplado é a capacitação de pelo menos 5% dos servidores da Assembléia na Língua Brasileira de Sinais (Libras), garantindo o atendimento aos surdos. O prazo para a realização de todos os serviços é de um ano.
Para o promotor Ronald Pereira dos Santos, a acessibilidade na Assembléia Legislativa é indispensável, pois o prédio abriga a sede de um Poder do Estado. Além da assembléia, vários outros prédios e áreas públicas ou de utilização pública estão sendo fiscalizados pela promotoria.
DETRAN - Nesta quinta-feira, 25, será assinado um outro Termo de Ajustamento de Conduta entre a Promotoria de Justiça de Defesa da Pessoa com Deficiência e o Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Maranhão (Detran-MA). O órgão se comprometerá a garantir a acessibilidade em suas instalações, além de garantir a presença de intérpretes de Libras e fornecer material em Braille, para os deficientes visuais.
De acordo com o documento, o Detran também se compromete a formar uma Junta Médica Especial para a realização de exames de aptidão física e mental das pessoas com necessidades especiais. A comissão deverá atender ao que determina a NBR 14970, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
(CCOM-MPMA)

Luís Braille deu mais relevo aos horizontes do saber


Com o tema:

Luís Braille deu mais relevo aos horizontes do saber
Louis Braille organizou, sistematizou e articulou as leituras a partir duma lógica que aplicou o princípio da razão, desenhou outro texto, desafiou a gravidade, a geometria e a astronomia; enquadrou o círculo, não se conformou com o cheiro do papel, quis algo mais, o toque não o satisfez, quis algo mais, outra experiência, outro sentido, a música das folhas deslizando terminou por esgotá-lo, o livro e a leitura precisavam algo, acabaram-se os sete dias da criação, a alquimia se diluiu, dissolveu-se, o Braille ia e vinha, passaram os descobrimentos, passou a luz, passou a tinta e o Braille retornou ao papel, acariciou-o, por ele deslizaram também seus dedos…
Paradoxalmente, é a sua própria obra, o que lhe dá estatura, o que lhe dá um lugar na história, o que torna universal Louis Braille, é precisamente o Braille, o sistema de leitura e escrita em relevo. Ao mesmo tempo, de formação singela e genial, a sua obra
não nos deixa ver o homem, o pedagogo nem à criança.
Aqui tento decifrar, ler e reler o que não se falou e o que se diz dele, porque Braille nasceu e se educou na França da Pós-Revolução, na França Napoleônica, na França dos
direitos, das liberdades, da fraternidade e da igualdade, a França racional, lógica,
cartesiana, a França do conhecimento, a do trânsito da alquimia à química, onde as sociedades pré-científicas já configuravam um novo credo, outra verdade, a ciência.
Outro credo, outra verdade, outro paradigma: não há conhecimento, não há lógica nem
razão sem a leitura; sem a escrita, tampouco há produção nem há academia; é essencial ler e escrever, e a gramática não admite revoluções nem revoltas, está feita para engendrar novos deuses, está feita para o gênio e a imortalidade.
Primeiro foi o verbo e depois se fez a luz.
A luz para os olhos europeus se refletia e se refratava, já é azul o céu, é verde
a natureza e o vermelho continuava dando de beber aos campos e às cordilheiras da Europa. A pintura desafiava a bidimensionalidade da tela, do muro, e a realidade se infectava da cromátide, uma das pandemias menos estudada, menos analisada. Afecção, infecção renascentista, filha do ócio, filha do encontro promíscuo do
mito, da lenda e da história, filha da loucura, dos infiéis, do Paganismo, doença
de astrólogos, astrónomos e artistas. A cromátide começou por inflamar a retina, depois desordenou cones e bastonetes; a infecção impulsionou o crescimento exagerado dos cones e reduziu a população dos bastonetes; mais tarde engrossou o nervo ótico e depois intoxicou o cérebro.
Estas alterações levaram alguns seres humanos a configurarem uma nova realidade; e peço licença ao leitor, à ciência e à audiência, por tomar as palavras
emprestadas das sociedades médicas de fins do século XIX, para descrever a estes
seres humanos, porque o produto desta pandemia foram os primeiros autistas.
Este autismo se configurou como uma resposta biológica e somente explicável a partir
da teoria da mente, porque depois de Cervantes, de Shakespeare, de Victor Hugo, de Rousseau, depois de Michelangelo, de Durero, de Rafael e de Tiziano, era impossível voltar os olhos à realidade.
Depois, somente era viável olhar. Da Vinci, irresponsável, abriu a porta do inferno
e em um traço, com uma linha, ao sfumato, equilibrou a luz e a sombra; se não acreditar em mim, repasse o rosto da Mona Lisa, detenha-se na boca, procure os olhos, e somente encontrará enigma.
Agora bem, o que você vai olhar? O que vai fazer agora que pôde ver tudo? O tempo
dos descobrimentos, das conquistas e os conquistadores passou, agora que a Terra voltou a ser redonda e a girar ao redor do sol.
Louis Braille significa para as pessoas cegas acesso ao conhecimento, à possibilidade
de sistematizar, organizar e avaliar a informação; o pensamento, a análise e o discurso verbal se reestruturam no texto, a experiência se retoma e se pensa, analisa-se e aparece o conceito, logo se lê e se confronta o aprendido e apreendido com o tempo.
Aqui devo esclarecer que as pessoas com limitação visual já contavam com algum tipo
de educação, com algum tipo de formação, de arte ou ofício: Mélanie de Salignac não se preocupava por ver, apaixonava-se pela leitura e era fanática da música. Haviam ensinado-lhe a ler com caracteres em relevo, manejava elementos de astronomia, álgebra e geometria. Nicholas Saunderson (1682 – 1739), cientista e matemático inglês, professor de ótica, cego.
Nota: - DIDEROT, Denis, (1749), Carta aos
cegos para uso dos que vêem, Fundação
Once e Editora Pre-Textos, 2002
[em linha] disponível em: http://www.
ddooss.org/libros/Denis_Diderot.pdf,
recuperado: 23 de agosto de 2009.
Aliás, antes de chegar à Escola de Cegos de Paris, o mesmo Louis Braille teve experiências educativas; devemos recordar que naquela época, na Europa ainda dominava a tradição oral, os movimentos da Ilustração, a Enciclopédia e o texto, moviam-se
sob as restrições da Igreja e sob os limites que davam à elaboração do papel, à fabricação
de imprensas, à produção e à distribuição de textos.
Então, a maioria de meninos, meninas e jovens europeus, com ou sem limitação visual,
acediam ao conhecimento e à educação através do discurso oral.
Louis Braille foi a Paris para se aproximar do mundo escrito, foi atrás das regras da gramática, procurou outra forma de ler. E a ponta que trai e cega, a ponta que trai a mão, a ponta fatal retornou, feriu o papel e brotou do génio de Braille a luz.
Seis pontos ordenaram-se em uma fila dupla, o alfabeto, o signo, o significado e
tocamos as idéias, acariciamos Deus, tocamos a geografia; a história já não se desvaneceu no tempo, filtrou-se pelas fendas dos dedos, conhecimento, informação, cidadania, o cisma já não era Lutero repartindo bíblias para que se derrubasse o Sacro Império, não... era o alfabeto dos cegos para construir cidadania e democracia, cegos políticos, cegos cidadãos, cegos racionais, lógicos e informados, direitos de homem, direitos humanos, outra Revolução Francesa mais complexa, mais integral, mais vital.
Com a escrita, os cegos abriram a porta e ingressaram à história. Libertaram-se da palavra do outro e, desde então, a realidade descansou à sombra dos signos, já não da tinta, no mais superficial do alto relevo, no mais fundo do baixo relevo, escrevem-se e imprimem-se experiências, conhecimento e liberdade.
Oliver Sacks nos conta que no livro citado acima, o autor “[…] afirma que os cegos, a sua maneira, podem construir um mundo completo e suficiente; possuem
uma ‘identidade de cego’ completa e nenhuma sensação de deficiência ou insuficiência e que o ‘problema’ da sua cegueira e o desejo de curá-la é,
portanto, nosso, não seu.”
SACKS, Oliver, Un antropólogo en Marte, Editora
Anagrama, Barcelona, Terceira Edição, 2003, pág. 180, N. 1.
Na palavra somos homem e cidadão, estudante e estudioso; com a escritura construímos
a equação do ser elevado ao fazer, e depois a metáfora, e no final o traço impecável, o signo, o inverosímil, a perfeição,
o verbo; o verbo preso no papel, nos tempos do indicativo, pretérito e presente,
o verbo retorna ao caos e ao silêncio… solidão.
Os cegos transitaram da lenda à fábula, atravessaram o ator, o representado, a representação, o atuado, e da direção à perfeição do escritor e culminaram como autores, e a palavra recolheu corpo, biologia, sociedade, cultura e idéia.
O cego escreve e na escrita recupera o olhar e configura um ponto de vista.
O escritor cego realiza a sua leitura da realidade pela palavra e o papel.
O escritor cego no exercício da linguagem captura a sociedade, seu fazer e seu pensar.
O escritor se compromete e, constrói um vínculo solidário com a história participando
politicamente. O escritor assume uma escrita, milita e participa, narra, conta, organiza, hierarquiza, limita e cria um mundo, outra realidade.
O escritor cego abandona as convenções, as formas, deixando atrás o testemunho, o
ator e se aventura no autor.
O escritor renuncia ao jogo, ele faz primeira, segunda e terceira pessoas, renuncia
à cegueira, ao ser e morre em sua obra.
A criança cega, em silêncio, desde a sua solidão põe em ordem o pensamento, estrutura-o,
limita-o, depois o faz energia e movimento, música, escreve; a criança substitui o objeto e a realidade pela palavra; a criança cria o signo e se aproxima ao sagrado. A criança habita o pensamento e a linguagem, desenvolve o seu sistema motor, acontecimentos, história, depois a leitura, os dedos desenham os signos, percorre
um mapa de curvas, uma paisagem lunar, feminidade; desde a leitura, desde a linguagem, desde o encontro com o outro, a criança cega retorna ao pensamento.
Louis Braille e Braille se confundem, misturam-se, e cresce o homem e cresce o sistema de escrita e leitura e se multiplicam e se elevam; e o sistema e o homem se fundem em lenda. Aqui gostaria de atribuir o rosto de uma criança ao pedagogo, ao revolucionário, ao homem que mudou o mundo, que o fez um pouco mais amável e melhor. Hoje, século XXI, o Braille não só aparece no papel, pode ser tocado também nos dispositivos dos computadores, aliás, há um Braille para ser visto, e as pessoas portadoras
de deficiência visual contam com tecnologias da informação e as comunicações. Desenvolveram-se, outros sistemas, outras formas, há mais acesso à informação, às comunicações e ao conhecimento, e o mundo continua crescendo para lá dos horizontes físicos e visíveis.

Circuito de Corrida de Rua acontece domingo

25/08/2011

 

Neste domingo (28), na pista do Parque das Acácias (Piscinão), acontece a 4ª etapa do Circuito Uberaba de Corrida de Rua, que servirá de seletiva para a formação da equipe uberabense que disputará os Jogos do Interior de Minas Gerais (Jimi).
O percurso é de 5 Km e a largada será a partir das 9 horas. Até 30 minutos antes da prova poderão ser feitas as inscrições para todos os atletas.
No masculino as categorias serão de 15 anos; de 16 a 24; de 25 a 29; de 30 a 34; de 35 a 39; de 40 a 44; de 45 a 49; de 50 a 59; de 60 a 69; maiores de 70 anos, cadeirantes e deficientes visuais.
No feminino serão menores de 19 anos; de 20 a 29; de 30 a 39; de 40 a 49; maiores de 50 anos, cadeirantes e deficientes visuais.O coordenador do evento é o professor Hélio Gomes da Secretaria de Esporte e Lazer (Smel), que continua impressionado com o crescimento de corredoras. “Vamos observar mais uma vez o crescimento do número de atletas femininas, pois tem que haver uma resposta para esse crescimento repentino”, explica Gomes.
Já o secretário de Esporte e Lazer Carlos Dalberto de Oliveira – o Belzinho, comenta a importância deste evento. “Será o nosso ponto de partida para formar a equipe para os Jimi; por isso, a Smel está tendo um cuidado especial com cada detalhe”, desabafa o secretário.
Master. No sábado (27), o professor Hélio Gomes conduz a equipe Master de natação de Uberaba até Uberlândia, onde disputa a 4ª etapa do Circuito Mineiro de Natação Master (Torneio Incentivo).
Segundo Belzinho, essa é mais uma demonstração de que o esporte é visto como diversidade. “É em ações como essas que demonstramos a preocupação com os mais variados tipos de esporte na Smel”, finaliza

O futsal como meio de inclusão de deficientes visuais:

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Introdução
A questão da inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais em todos os recursos da sociedade ainda é muito incipiente no Brasil.
O acesso ao esporte pelos indivíduos portadores de deficiência, não foge a esta regra, sempre foi limitado por barreiras estruturais, de equipamentos e, essencialmente, de ordem social.
Dessa forma, é necessário que nossa sociedade passe por uma transformação com novos pensamentos referentes às Pessoas Portadoras de Deficiências. As mesmas não devem ser julgadas de incapazes, mas sim incluídas, para que demonstrem que possuem capacidades muito mais desenvolvidas que as da "sociedade normal".
O foco deste estudo está centrado no Deficiente Visual que apresenta dificuldades na locomoção devido ao fato de sua visão ser insuficiente, e não existindo cura, a falta da visão acaba afetando o convívio social.
A integração ocorre através de meios próprios desenvolvidos para comunicação, como é o caso do método Braille para escrita e leitura.
A educação física através dos esportes adaptados é uma ferramenta importantíssima e necessária para auxiliar o desenvolvimento das capacidades das pessoas deficientes. O futsal para os deficientes visuais é uma alternativa que proporciona desenvolvimentos de habilidades que ajudarão no seu dia a dia.
Nesse sentido, pretende-se através deste estudo transversal de cunho qualitativo e descritivo, verificar os benefícios que o futsal proporciona em indivíduos deficientes visuais.
Acredito ser imprescindível aumentar o número de pesquisas nessa área, ampliando o campo de conhecimento e servindo de referenciais para que os profissionais da área da Educação Física Adaptada possam planejar melhor seus procedimentos destinados a atender este público.
Ainda que modestamente, levando em consideração as suas limitações, este estudo pretende contribuir com mais informações referentes ao tema proposto.
Pesquisas sobre o tema
São muito escassas na literatura pesquisas relacionadas ao futsal para deficientes visuais. A seguir são apresentados 2 artigos que podem servir da base teórica para esta pesquisa agora descrita.
A Tese realizada por Costa (2005) que versou sobe "Avaliação das Competências Emocional e Social de Pessoas com Condições de Deficiência Visual Praticantes de Atividade Física". Teve como objetivo geral de avaliar as competências emocional e social de pessoas com condições de deficiência visual, com idades entre 20 e 50 anos, participantes de um grupo de atividade física formal. Os participantes do estudo foram compostos por onze indivíduos com condições de deficiência visual, integrantes de um grupo que pratica futsal, no SEST/SENAT, em Florianópolis-SC. Como instrumentos de medida foram utilizados o Como Mapear sua Inteligência Emocional (COOPER; SAWAF, 1997) e Questionário de Ambiente de Grupo, traduzido do The Group Environment Questionnaire (CARRON; BRAWLEY; WIDMEYER, 2002).
Este estudo concluiu que os indivíduos com condições de deficiência visual praticantes de atividade física, neste caso o futsal, apresentaram potencialidades na maioria das competências emocionais. Estas obtiveram constância e equilíbrio nas respostas dos seguintes aspectos: Intencionalidade, Criatividade e Elasticidade, comumente conhecida como Resiliência, na maioria das situações e mesmo sob pressão.
Entretanto, apresentaram dificuldades e vulnerabilidades nos aspectos Conexões Interpessoais e Insatisfação Construtiva. Quanto à coesão de grupo, os participantes localizaram-se no primeiro quartil nos aspectos Atração Individual ao Grupo — Social e Atração Individual ao Grupo — Tarefa, no segundo quartil no aspecto Integração no Grupo - Social e, entre o segundo e terceiro quartis no aspecto Integração no Grupo - Tarefa. Sendo que neste último o grupo apresentou os índices mais elevados de coesão. Obteve-se associação entre das Conexões Interpessoais e a Insatisfação Construtiva com a Integração ao Grupo — Social; Pressões no Trabalho e Integração ao Grupo — Tarefa; Expressão Emocional e Atração Individual ao Grupo — Tarefa; e, Consciência Emocional dos Outros e Atração Individual ao Grupo — Tarefa.
Já Souza (2002) em seu artigo "Futsal para cegos: uma proposta para a iniciação", afirma que o futsal para cegos requer de cada praticante muito esforço, educação, perseverança. Sua execução exige o deslocamento de todos (exceto do goleiro) para todas as direções com velocidades variadas e com atenção voltada para a bola, e as orientações do técnico do goleiro e do chamador.
Segundo este autor, quando nos referimos ao futsal de cegos alguns descrentes sobre as capacidades deles, riem e chegam até a declarar que imaginam um grande "pregobol" ou "totó", em que os alunos ficam fixos em suas posições durante o jogo. Além de ensinar o futsal para cegos precisamos transmitir informações para esses "descrentes", contribuindo também para a superação das discriminações que nossos alunos têm enfrentado.
Metodologia
Este estudo transversal de cunho qualitativo e descritivo entrevistou 10 atletas do sexo masculino com deficiência visual praticantes de futsal de uma equipe da Cidade de Porto Alegre, que disputam o campeonato regional e brasileiro e treinam aos sábados das 9 às 12h. Uma pesquisa descritiva segundo Gil (2002) tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou então, o estabelecimento de relação entre variáveis.
Os dados foram coletados através de uma entrevista semi-estruturada realizada no mês de junho de 2008. Segundo Lakatos e Markoni (2002) a coleta de dados é a etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos.
As informações foram gravadas, transcritas e validadas em um segundo momento pelos próprios entrevistados.
A partir destas transcrições foi gerado o perfil destes atletas e também identificadas algumas categorias de análise.
Apresentação e análise dos resultados
Tabela 1. Apresentação do perfil dos atletas
Pode-se verificar na Tabela 1 que os sujeitos do estudo apresentam idade bem heterogêneas variando de 12 anos de idade a 44 anos. Estas diferenças entre os participantes são evidenciadas também no tempo em que jogam o futsal e o tempo de participação naquela equipe. Nesta equipe 3 relatam jogar de fixo, 1 relata jogar tanto de fixo como ala, 3 somente de ala e 1 deles atua em todas as posições (coringa/universal). Todos apresentam grau de cegueira B1, 8 apresentam cegueira adquirida e 2 de nascença.
A seguir são apresentadas algumas dimensões importantes que foram possibilitadas a partir das entrevistas dos participantes da equipe.
Como se deu a iniciação ao futsal
Percebe-se que a iniciação dos cegos no futsal tem todo um processo de adaptação com a bola, com a quadra, com os colegas, com a questão da insegurança para se locomover e correr dentro da quadra, com o medo de chegar firme na bola, com a noção espacial e com o tempo de bola, conforme se observa nos relatos:
"Quando comecei para mim era novidade, pois não conhecia o futsal e não tinha contato com a bola adaptada (A)".
"No inicio foi bem complicado, bem difícil a adaptação e tudo, até porque eu enxergava normal, daqui a pouco tu passa a não enxergar mais, isso é complicado (E)".
"Tem a questão da insegurança de se locomover dentro da quadra (F)".
"A primeira vez tem toda adaptação de treinamento, tem treinamento individual com treinador, que já tem prática. Depois de fazer 1 ou 2 treinos individuais eles vão te largando aos poucos na parte coletiva. Eu como já jogava em casa com uma sacolinha de mercado, já tinha uma noção de barulho para onde a bola ia. Aí para mim foi fácil me adaptar, foi questão de 4 ou 5 treinos (G)".
"Tinha medo um pouco no inicio, receio de chegar firme na bola (H)". "No começo foi complicado, por causa da noção espacial, conhecer a quadra, ter confiança de correr sozinho (I)". .
"A iniciação foi difícil tem toda uma questão de adaptação, para pegar o contato com a bola, tempo de bola e o espaço da quadra (J)".
Ao nos referirmos à iniciação ao futsal para cegos, faz-se necessário reportar-nos aos pré-requisitos que os alunos devem apresentar.
Segundo Souza (2002) na iniciação do futsal para cegos, a idade não é um fator importante. No entanto, todos devem ter sido iniciados anteriormente nas atividades de orientação e mobilidade e percepção auditiva, devendo apresentar segurança ao correr e saltar e noções de lateralidade, frente, trás e diagonal. A negligência a este complexo senso perceptivo motor predisporá o aluno a maiores possibilidades de choque.
O porquê da escolha da prática do futsal
Verifica-se que a paixão pelo futebol, o gostar de jogar futebol, a integração com os colegas, para fazer esporte, praticar exercício, estão entre os fatores que objetivaram a escolha do futsal segundo os relatos:
"Sempre gostei do futebol, o meu esporte preferido para ouvir desde criança.
"Quando cheguei em Porto Alegre em 1988 eu descobri que o pessoal cego jogava futebol e acabei me integrando e jogando com o pessoal. Pude fazer aquilo que gostava de ouvi, que até então jogar não era possível (F)".
"Porque antigamente teve uma parte política, então me excluíram do goalbal, e ai eu fui para o futebol (G)".
"Porque gosto de jogar futebol e para fazer esporte, integrar-se com os colegas e também para fazer exercício que é muito bom para saúde (J)".
"Porque eu gostava, eu sempre gostei de jogar futsal, jogar bola no interior e quando cheguei aqui, vi que tinha esse esporte adaptado, então comecei a jogar em 1977, em 1979 já comecei a participar de campeonatos (A)".
"Porque é a melhor coisa, sempre gostei, sempre sonhei em jogar bola (C)".
"Eu já jogava futebol de campo, antes de perder a visão, daí me convidaram e eu aceitei (D)". "Porque gosto, sempre gostei, futebol é a minha paixão (E)".
Segundo Conde (1994) citado por Diehl (2006) o deficiente visual pode apresentar algumas defasagens no que diz respeito à autoconfiança, auto-estima, sentimento de mais-valia, insegurança em relações as suas possibilidades, apatia, dependência, medo de situações e ambientes não conhecidos, dificuldades de estabelecimentos de relações básicas no seu "eu", com as pessoas e com o ambiente; isolamento e desinteresse pela interação social, bloqueios no relacionamento: ansiedade e auto iniciativa para a ação motora.
As maiores dificuldades para jogar uma partida de futsal
Nas respostas encontradas aparece o barulho, o contato, o preparo físico, a ansiedade, a falta de habilidade, conhecer a quadra, a adaptação e a questão técnica.
"A dificuldade se impõe no momento que tu não consegue ouvir o barulho da bola (A)".
"Sou pequeno, eles me batem, a maior dificuldade é o contato (B)".
"Ansiedade qualquer atleta tem, é coisa normal de atleta (G)".
"Dificuldade é a falta de habilidade (H)".
"Não encontro nenhuma dificuldade onde estou acostumado, só na quadra que não conheço (D)".
"No inicio tive alguma dificuldade, mas hoje não tenho mais porque acabei me adaptando (E)".
"Dificuldade assim no geral, acho que não tenho, é mais uma questão técnica (I)".
Ainda encontramos outras respostas:
"Quem está jogando tem noção de espaço, que é uma coisa que se adquire com o tempo (A)".
"Talvez as maiores dificuldades para eu não ter um desempenho maior é porque comecei a jogar com 23 anos (F)".
"Não vejo dificuldade em jogar em qualquer tipo de quadra, eu tenho uma boa percepção, uma boa qualidade para conseguir me adaptar nas quadras (G)".
"A dificuldade é talvez técnica, mas é uma questão de cada um (F)".
Para Souza (2002) a fundamental importância da prática do futsal para cegos é o aprendizado do posicionamento do corpo e a orientação durante o jogo, até mesmo por questão de segurança, pois os choques são inevitáveis e todos devem estar preparados para impedi-los, ou melhor, absorvê-los. Já a orientação deve ser para que o aluno discrimine os tipos de sons e também se habitue a dar atenção ao seu "técnico" (posicionado na lateral), ao chamador (posicionado atrás do gol adversário) e ao goleiro (no setor de defesa). Sobre o posicionamento corporal, um dos braços deve manter-se à frente do tronco, à altura do peito e a cabeça em posição erguida.
Segundo Oliveira Filho et al (2006) a pessoa que não possui visão, a interação com o mundo deverá se feita pela percepção tátil, que é mais analítica e lenta, e pela audição que propiciará uma percepção à distância, ausente na percepção tátil. A audição dará condições de a pessoa cega orientar-se mesmo afastada de um lugar ou objeto e fornecendo dados para a ação independente, enquanto no sujeito com baixa visão este sentido funcionará como apoio, ao resíduo visual.
Como ocorre o deslocamento para a ida e o retorno do treino
Percebe-se que os cegos entrevistados são independes e possuem uma vida “quase que normal”, sendo muito dedicados e batalhadores em seus objetivos vencendo muitas barreiras no seu dia a dia segundo seus relatos:
“Nós temos uma vida quase que normal. Todos nós que jogamos aqui, tem seus trabalhos, seus serviços, então a gente anda normal na rua. Eu pego o ônibus normal não tem problema (A)”.
“Venho com o pai e de ônibus (B)”.
“A minha noiva vem comigo, consegui patrocínio, venho de pelotas, dá umas 3,5 horas de viagem (C)”.
“Ônibus e trensurb (D)”.
“Venho de ônibus ou com minha esposa de carro (E)”.
“De ônibus (F, G, I, J)”.
As contribuições do futsal para tua vida
Verifica-se que a prática do futsal oferece contribuições muito importantes para suas vidas onde auxilia na orientação, percepção, o andar na rua, desempenho de correr, lazer, amizades, atenção na hora de atravessar o sinal, segurança na rua, auto-estima, reconhecimento no trabalho, realizei um sonho, desenvoltura e locomoção, mais segura para andar no dia a dia, concentração maior na audição, tira o stress, noção de espaço, à questão da confiança e da segurança que a gente tem para o deslocamento e a locomoção, sentem-se mais seguro e o corpo mais preparado para os choques que temos na rua.
“Em primeiro é um lazer, e outra coisa o futsal me deu mais percepção, por ser um esporte adaptado contribuiu muito para a minha orientação (A)”.
“Melhorou o desempenho de correr e o andar na rua(B)”. “A atenção na hora de atravessar o sinal (D)”.
“Me sinto mais seguro na rua, a auto-estima melhora, o reconhecimento na empresa que trabalha é ótimo (E)”.
“Realização de um sonho que eu tinha de jogar futebol. Como exercício físico é importante para a saúde e ajuda na desenvoltura e locomoção”.
“O esporte tem um fator importante na locomoção, torna a pessoa mais segura para andar no dia a dia (F)”.
“Uma ótima percepção e a concentração é maior na audição. O futebol e o esporte tiram o stress (G)”.
“A noção de espaço, o tempo da bola que ajuda muito, andar na rua (H)”.
“O futsal e o esporte em geral da à questão da confiança e da segurança que a gente tem para o deslocamento e a locomoção, se sente mais seguro e o corpo mais preparado para os choques que temos na rua (I)”.
“O futsal e o esporte é bom para a saúde, melhora na percepção, a questão da locomoção melhora muito, e também a percepção do barulho na rua e é uma atividade de lazer estando com os amigos (J)”.
Segundo Diehl (2006) além do aspecto motor as atividades esportivas possibilitam momentos de integração social, podendo ampliar as amizades e ao praticar esportes como o futsal ou a natação eles estão quebrando barreiras do preconceito, pois demonstram que podem praticar esportes com habilidade motora, bastando para isso que as modalidades sejam adaptadas às suas necessidades.
Relato livre ao final da entrevista
“Aquelas pessoas que tem dificuldades de locomoção através do espaço o futsal dá toda essa contribuição ai para adquirir espaço, percepção. O que dá para notar é o seguinte: todas as pessoas que jogam futsal, se tu sai na rua e observar uma pessoa que joga futsal e outra pessoa que não pratica há diferença no modo de andar e locomoção (A)”.
“O futsal está me ajudando a jogar melhor e a locomover-se melhor (B)”. “Deveria ser mais valorizado o futsal para deficiente visual”. “Para os normais eles dão um baita valor, e para os deficientes que tem um baita sacrifício eles não dão tanto valor, a gente faz por amor, mas é difícil (C)”.
“O futsal é estar com os amigos para não ficar sozinho em casa sem fazer nada, é uma atividade melhor para mim (D)”.
“O futebol para mim só traz benefícios, em termos de saúde e mobilidade no próprio trabalho (E)”.
“Uma coisa feliz nos últimos anos é essa integração entre as pessoas de visão normal, as faculdades, professores, estudantes e pessoas da comunidade.
“Há a mais ou menos 12 anos foi incluído a possibilidade do goleiro de visão normal, que até 1995 o goleiro tinha baixa visão, então isso acaba integrando com pessoas ditas normais (F)”.
“A mídia divulga, mas não divulga o necessário. Eles não ganham nada para dar incentivo ao esporte, eles teriam que ter talvez uma iniciativa do governo. E na parte das faculdades e professores, deveriam a cada ano procurar as mudanças das regras que ocorrem nas modalidades esportivas, pois a cada ano elas se modificam e os professores devem saber (G)”.
Para Oliveira Filho et al (2006) somente a intervenção sistematizada e mediada por pessoas com conhecimentos sobre as características de dessa população e dos conteúdos adequados a serem utilizados pode minimizar o déficit apresentado no desenvolvimento global da pessoa com deficiência visual, levando-a para uma condição cada vez maior de autonomia e interação com as pessoas que o rodeiam.
Considerações finais e encaminhamento de novos estudos
É necessário que a sociedade adquira mais conhecimentos sobre as pessoas portadoras de deficiências e que busquem uma maior integração com as mesmas. Através deste percebe-se que as pessoas portadoras de deficiência visual são capazes de praticar esportes, e para isto basta apenas adaptações e vontade dos profissionais que trabalham com o esporte. Verifica-se também que o futsal é um meio de o deficiente visual integrar-se com a sociedade, demonstrando suas capacidades. O mais importante é que através dos benefícios que neste caso a pratica do futsal proporciona, o deficiente visual se sente mais seguro ao andar na rua, integra-se com a sociedade, faz atividade física, melhora o caminhar, a auto-estima, o reconhecimento no trabalho, tem os corpos mais preparados para os choques que tem na rua.
Referências
  • COSTA, Cristiane Galvão da. Avaliação das Competências Emocional e Social de Pessoas com Condições de Deficiência Visual Praticantes de Atividade Física. Mestrado. Universidade do Estado de Santa Catarina. Ciências do Movimento Humano, 2005.
  • DIEHL, Rosilene Moraes. Jogando com as diferenças: jogos para crianças e jovens com deficiência em situação de inclusão e em grupos específicos. São Paulo: Phorte, 2006.
  • OLIVEIRA FILHO, C. W. et al. As Relações do Jogo e o Desenvolvimento Motor na Pessoa com Deficiência Visual. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Campinas, v.27, n.2 p.131-147, 2006.
  • GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
  • LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1992.
  • SOUZA, R. P. de. Futsal para cegos: uma proposta para a iniciação. Futsalbrasil.com.br

Mexicana deficiente visual supera briga com dirigente e vai ao Pan e ao Parapan

Publicada em 22 de agosto de 2011 · 20:40

Mexicana deficiente visual supera briga com dirigente e vai ao Pan e ao Parapan

Lenia Ruvalcaba em ação; judoca superou briga com cartola para ir ao Pan e também ao Parapan
maismenos
Uma jovem deficiente visual que sofreu com problemas com dirigentes esportivos construiu uma carreira sólida no esporte paraolímpico. Agora, ela terá, em sua terra natal, a oportunidade de brigar por uma medalha tanto na competição para cegos quanto no torneio convencional.

Este é um resumo da história de Lenia Ruvalcaba, judoca de 25 anos, nascida em Guadalajara e que representará o México tanto nos Jogos Pan-Americanos quanto no Parapan. Com a vaga assegurada, ela contou ao UOL Esporte sua trajetória de superação de diversos problemas, entre eles uma rixa política com uma cartola.

Lenia tem, desde seu nascimento, miopia, astigmatismo e estrabismo, entre outros problemas visuais. Ela não é completamente cega, mas enxerga com muita dificuldade e tem de minimizar a deficiência com óculos.

Judoca desde criança, a mexicana competia normalmente até 2004, quando recebeu o primeiro convite para o esporte paraolímpico. Ela declinou por estar na seleção nacional convencional, mas teve de mudar de postura.

“Eu sofri com problemas políticos. A presidenta da federação da minha região [Jalisco] impediu que eu fosse convocada. Meu pai viu a falta de organização do esporte quando eu era menor e tentou fazer alguma coisa para melhorar, e por isso a presidenta me tirou de um torneio de juvenis na [República] Dominicana”, disse Lenia.

A atitude empurrou Lenia para o esporte paraolímpico e frustrou seu pai, Gerardo Ruvalcaba, que viu seu outro filho, árbitro de judô, também ser boicotado. Em uma competição de São Paulo, em 2005, a judoca derrotou Lorena Pierce, norte-americana que havia sido medalha de prata nos Jogos Paraolímpicos de Atenas, um ano antes.

“Ali eu percebi que poderia dar certo. Gostei. Se eu ganhei dela, poderia seguir em frente”, contou Lenia, que realmente fez sucesso. A mexicana foi campeã parapan-americana em 2007, no Rio de Janeiro, e vice-campeã paraolímpica em 2008, em Pequim.

Ciente do sucesso no esporte adaptado, ela voltou a sonhar alto com as competições convencionais, que nunca chegou a abandonar. Depois de anos disputando apenas os torneios nacionais, ela foi aos Jogos Centro-Americanos no ano passado e conquistou o bronze.

Daí em diante, passou a sonhar com uma vaga no Pan de 2011, que acontecerá em Guadalajara. Depois de um resultado negativo em uma seletiva no fim do ano passado, ela teve que bater quatro rivais diretas pela vaga no início em fevereiro para finalmente conquistar a sonhada vaga.

“São os meus primeiros Jogos. Estou com muita vontade de ganhar a competição e vou me esforçar demais para estar no pódio. Aprendi muito em todo esse processo”, avalia Lenia, que não vê problema em disputar os dois torneios.

“Antes de tudo, a gente até consultou as federações e vimos que não tem nenhum problema. É só ficar atento ao calendário, para não ter competição na mesma data”, disse a judoca.

Agora, ela treina na Universidade de Guadalajara, onde também estuda educação física, e em uma estrutura fornecida pelo Comitê Olímpico Mexicano. Questionada sobre a dirigente que atrapalhou o começo de sua carreira, ela é sucinta.

“Afortunadamente ela não está mais no judô”, resumiu

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Como tirar cnh tendo deficiencia visual moderada?

já dirijo mas não consigo tirar a cnh,não passo no teste de visão.

não existe nada semelhante ao que é feito no caso dos deficientes fisicos?

eu sei que é diferente,mas, também existe certa limitação para eles.

preciso dirigir poque sem o carro, meu trabalho fica muito prejudicado.
 
RESPOSTA:
 
Caso a sua deficiência visual possa ser corrigida ou amenizada com uso de lentes corretivas(óculos), quando do exame na clinica indicada pelo DETRAN o médico irá avaliar se existe a possibilidade de vc usando óculos poder se habilitar.
No caso de vc ser aprovado o examinador irá determinar que só poderá dirigir com o uso do óculos e isso constará da sua CNH.

Lançamento do projeto Acessibilidade Mamam acontece nesta terça-feira

Segunda - 22/08/11 17h05, atualizado em 22/08/11 17h41

Entre as atividades do projeto, estão a audiodescrição de 100 obras do acervo do museu e a produção de um DVD de iniciação à História da Arte com interpretação em Libras

Da Redação do pe360graus.com
Realizar a audiodescrição de 100 obras do acervo do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam). Este é um dos objetivos do projeto Acessibilidade Mamam, cujo lançamento acontece nesta terça-feira (23), às 19h, no auditório do próprio museu, que fica no bairro da Boa Vista, no Recife.

A programação do evento inclui uma breve apresentação do projeto por seus representantes, a exposição de uma das obras audiodescritas com monitoramento e a explicação demonstrativa sobre o processo de trabalho dos audiodescritores no acervo e projeções audiovisuais cujos temas são afins ao da acessibilidade.

As atividades do projeto Acessibilidade ao Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam) – Audiodescrição e Interpretação em Libras para a Inclusão de Pessoas com Deficiência Visual e Auditiva ao Acervo do Museu têm o intuito de promover o acesso de pessoas com deficiência visual e auditiva ao museu. Entre elas, está prevista, pro exemplo, a produção de um DVD de iniciação à História da Arte para a habilitação à leitura de imagens — obras de arte visual e plástica — com interpretação em Libras e narrado por audiodescrição.

A conclusão do projeto está prevista para abril de 2012, quando o acervo acessível e o vídeo estarão disponíveis no site do Museu e as visitas monitoradas ao acervo poderão ser agendadas. O Mamam está localizado na rua da Aurora, 265.

Mexicana deficiente visual supera briga com dirigente e vai ao Pan e ao Parapan


Uma jovem deficiente visual que sofreu com problemas com dirigentes esportivos construiu uma carreira sólida no esporte paraolímpico. Agora, ela terá, em sua terra natal, a oportunidade de brigar por uma medalha tanto em na competição para cegos quanto no torneio convencional.
Este é um resumo da história de Lenia Ruvalcaba, judoca de 25 anos, nascida em Guadalajara e que representará o México tanto nos Jogos Pan-Americanos quanto no Parapan. Com a vaga assegurada, ela contou ao UOL Esporte sua trajetória de superação de diversos problemas, entre eles uma rixa política com uma cartola.
Lenia tem, desde seu nascimento, miopia, astigmatismo e estrabismo, entre outros problemas visuais. Ela não é completamente cega, mas enxerga com muita dificuldade e tem de minimizar a deficiência com óculos.

Lenia Ruvalcaba em ação; judoca superou briga com cartola para ir ao Pan e também ao Parapan
Judoca desde criança, a mexicana competia normalmente até 2004, quando recebeu o primeiro convite para o esporte paraolímpico. Ela declinou por estar na seleção nacional convencional, mas teve de mudar de postura.
“Eu sofri com problemas políticos. A presidenta da federação da minha região [Jalisco] impediu que eu fosse convocada. Meu pai viu a falta de organização do esporte quando eu era menor e tentou fazer alguma coisa para melhorar, e por isso a presidenta me tirou de um torneio de juvenis na [República] Dominicana”, disse Lenia.
A atitude empurrou Lenia para o esporte paraolímpico e frustrou seu pai, Gerardo Ruvalcaba, que viu seu outro filho, árbitro de judô, também ser boicotado. Em uma competição de São Paulo, em 2005, a judoca derrotou Lorena Pierce, norte-americana que havia sido medalha de prata nos Jogos Paraolímpicos de Atenas, um ano antes.
“Ali eu percebi que poderia dar certo. Gostei. Se eu ganhei dela, poderia seguir em frente”, contou Lenia, que realmente fez sucesso. A mexicana foi campeã parapan-americana em 2007, no Rio de Janeiro, e vice-campeã paraolímpica em 2008, em Pequim.
Ciente do sucesso no esporte adaptado, ela voltou a sonhar alto com as competições convencionais, que nunca chegou a abandonar. Depois de anos disputando apenas os torneios nacionais, ela foi aos Jogos Centro-Americanos no ano passado e conquistou o bronze.
Daí em diante, passou a sonhar com uma vaga no Pan de 2011, que acontecerá em Guadalajara. Depois de um resultado negativo em uma seletiva no fim do ano passado, ela teve que bater quatro rivais diretas pela vaga no início em fevereiro para finalmente conquistar a sonhada vaga.
“São os meus primeiros Jogos. Estou com muita vontade de ganhar a competição e vou me esforçar demais para estar no pódio. Aprendi muito em todo esse processo”, avalia Lenia, que não vê problema em disputar os dois torneios.
“Antes de tudo, a gente até consultou as federações e vimos que não tem nenhum problema. É só ficar atento ao calendário, para não ter competição na mesma data”, disse a judoca.
Agora, ela treina na Universidade de Guadalajara, onde também estuda educação física, e em uma estrutura fornecida pelo Comitê Olímpico Mexicano. Questionada sobre a dirigente que atrapalhou o começo de sua carreira, ela é sucinta.
“Afortunadamente ela não está mais no judô”, resumiu.
Do Uol Esportes

Mexicana deficiente visual supera briga com dirigente e vai ao Pan e ao Parapan


Uma jovem deficiente visual que sofreu com problemas com dirigentes esportivos construiu uma carreira sólida no esporte paraolímpico. Agora, ela terá, em sua terra natal, a oportunidade de brigar por uma medalha tanto em na competição para cegos quanto no torneio convencional.
Este é um resumo da história de Lenia Ruvalcaba, judoca de 25 anos, nascida em Guadalajara e que representará o México tanto nos Jogos Pan-Americanos quanto no Parapan. Com a vaga assegurada, ela contou ao UOL Esporte sua trajetória de superação de diversos problemas, entre eles uma rixa política com uma cartola.
Lenia tem, desde seu nascimento, miopia, astigmatismo e estrabismo, entre outros problemas visuais. Ela não é completamente cega, mas enxerga com muita dificuldade e tem de minimizar a deficiência com óculos.

Lenia Ruvalcaba em ação; judoca superou briga com cartola para ir ao Pan e também ao Parapan
Judoca desde criança, a mexicana competia normalmente até 2004, quando recebeu o primeiro convite para o esporte paraolímpico. Ela declinou por estar na seleção nacional convencional, mas teve de mudar de postura.
“Eu sofri com problemas políticos. A presidenta da federação da minha região [Jalisco] impediu que eu fosse convocada. Meu pai viu a falta de organização do esporte quando eu era menor e tentou fazer alguma coisa para melhorar, e por isso a presidenta me tirou de um torneio de juvenis na [República] Dominicana”, disse Lenia.
A atitude empurrou Lenia para o esporte paraolímpico e frustrou seu pai, Gerardo Ruvalcaba, que viu seu outro filho, árbitro de judô, também ser boicotado. Em uma competição de São Paulo, em 2005, a judoca derrotou Lorena Pierce, norte-americana que havia sido medalha de prata nos Jogos Paraolímpicos de Atenas, um ano antes.
“Ali eu percebi que poderia dar certo. Gostei. Se eu ganhei dela, poderia seguir em frente”, contou Lenia, que realmente fez sucesso. A mexicana foi campeã parapan-americana em 2007, no Rio de Janeiro, e vice-campeã paraolímpica em 2008, em Pequim.
Ciente do sucesso no esporte adaptado, ela voltou a sonhar alto com as competições convencionais, que nunca chegou a abandonar. Depois de anos disputando apenas os torneios nacionais, ela foi aos Jogos Centro-Americanos no ano passado e conquistou o bronze.
Daí em diante, passou a sonhar com uma vaga no Pan de 2011, que acontecerá em Guadalajara. Depois de um resultado negativo em uma seletiva no fim do ano passado, ela teve que bater quatro rivais diretas pela vaga no início em fevereiro para finalmente conquistar a sonhada vaga.
“São os meus primeiros Jogos. Estou com muita vontade de ganhar a competição e vou me esforçar demais para estar no pódio. Aprendi muito em todo esse processo”, avalia Lenia, que não vê problema em disputar os dois torneios.
“Antes de tudo, a gente até consultou as federações e vimos que não tem nenhum problema. É só ficar atento ao calendário, para não ter competição na mesma data”, disse a judoca.
Agora, ela treina na Universidade de Guadalajara, onde também estuda educação física, e em uma estrutura fornecida pelo Comitê Olímpico Mexicano. Questionada sobre a dirigente que atrapalhou o começo de sua carreira, ela é sucinta.
“Afortunadamente ela não está mais no judô”, resumiu.
Do Uol Esportes