sábado, 22 de outubro de 2011

ICBC receberá recursos do SUS por atendimento - MG

Instituto de Cegos do Brasil Central, fundado em Uberaba em 1942, acaba de ser credenciado no Ministério da Saúde para receber recursos do Governo Federal. Repasse vai facilitar o atendimento de reabilitação de portadores de deficiência visual do município e da região, mas os departamentos de educação, esportes e assistência social continuação sendo abastecidos com os recursos de doações e eventos da entidade.

De acordo com o presidente do instituto, o neurocirurgião Wilson Adriano Abrão Borges, esse credenciamento permitirá que o serviço seja autossustentável. “Agora temos verba específica vinda diretamente do Ministério da Saúde que vai sustentar o atendimento, que é muito caro, especialmente no que diz respeito ao fornecimento de órteses e próteses. É claro que ainda estamos em fase de implantação, o que significa que isso não chegará ao deficiente visual da noite para o dia, mas agora temos possibilidade de oferecer o serviço a quem não tinha acesso. E todo atendimento continuará como sempre foi, gratuito. A nossa busca pelo SUS foi justamente para manter assim”, destaca.

O presidente afirma que a instituição ainda não tem certeza de quanto será o valor do repasse, ainda não definido pelo Ministério, já que são serviços novos. “Temos uma previsão de atendimento correspondente a uma média de 120 pessoas por mês e para isso existe uma verba que está, por enquanto, em torno de R$800 mil a R$1 milhão por ano. Isso engloba valores tanto para órteses e próteses quanto para a remuneração serviço de reabilitação, ou seja, para pagar os profissionais que vão treinar as pessoas a usarem esses recursos”, explica.

Para Wilson Borges, isto significa que a entidade terá a oportunidade de ampliar o atendimento. “Não temos dúvida de que o trabalho crescerá enormemente, porque hoje atendemos cerca de 160 a 170 pessoas e o mínimo que o ministério nos exigiu foi 120, quer dizer que estamos suplantando o número que o SUS pede que nós atendamos. E nós ainda não abrimos, por enquanto, para as cidades vizinhas. Vamos começar atendendo à população de Uberaba, estruturando o serviço dentro do SUS, para depois abrir aos demais municípios. O crescimento é inevitável, porque existe enorme demanda reprimida de deficientes visuais”, frisa

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